Além do cumprimento de um mandado de prisão preventiva, a 2ª Fase da Operação Ágio de Sangue também realizou três de busca e apreensão e de sequestro de bens. Na casa do suspeito, a Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu um carro importado, avaliado em cerca de R$ 500 mil, uma moto, dinheiro [em Dólares Americanos] e outros bens de valor. Ainda foram alvo de sequestro judicial duas motocicletas e um carro, todos importados. Conforme o delegado Raphael Souza Boechat Capita, o homem afirmava em suas redes sociais operar como trader no mercado financeiro, porém, investigações apontam que essas operações eram um artifício empregado pelo suspeito a fim de alimentar o esquema de pirâmide e as práticas de estelionato. “O alvo da operação é investigado por crimes contra a economia popular, sistema de pirâmide financeira, diversos estelionatos, coação no curso do processo, porte ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro. Nas suas redes sociais, o investigado afirmava operar no mercado financeiro através da atividade trader, e oferecia altos lucros para as pessoas que almejavam investir. Porém, a investigação levou a outro caminho, trazendo provas e indícios de que essas operações no mercado financeiro serviam como fachada, especialmente para alimentar o sistema de pirâmide financeira e para a prática dos estelionatos”. O indivíduo foi encaminhado ao Sistema Prisional.Cinco pessoas foram presas durante a 1ª fase da operação Ágio de sangue, no início do mês de outubro, em Pirapora, no Norte de Minas Gerais.
Além dos mandados de prisão, a ação da Polícia Civil contra organização criminosa e lavagem de dinheiro, também cumpriu oito mandados de busca e apreensão e cinco mandados de sequestro de bens, dos quais foram recuperados cerca de R$ 500 mil entre bens e dinheiro. De acordo com informações do delegado Raphael Capita, repassadas na época, as investigações começaram a partir de um registro de ocorrência de um furto qualificado cometido por um colaborador de uma empresa varejista de venda de imóveis e eletrodomésticos, em Pirapora. “Esse colaborador tinha acesso ao cofre onde ficavam os eletrônicos e subtraiu aproximadamente 50 celulares, dois tablets e dois notebooks. Com o decorrer das investigações, foi descoberto que esse furto foi determinado por um agiota, com quem o autor possuía uma dívida que se tornou impossível de ser paga em virtude dos juros abusivos que foram cobrados”. Ainda de acordo com o delegado, após o furto, os eletrônicos foram entregues a um grupo de pessoas que ficavam encarregadas de realizar a venda em grupos de redes sociais de Pirapora e Buritizeiro. “As investigações apontaram também que o agiota tinha posição de liderança no grupo, exercia cobranças de suas dívidas com o emprego de violência e grave ameaça. Nas redes sociais, apresentava uma vida de luxo, com rendas e bens incompatíveis com as suas fontes financeiras lícitas. Fazia viagens internacionais frequentes, tinha bens de alto valor em seu nome como cinco motocicletas, e na carteira foram encontrados dólares e moedas estrangeiras”, acrescentou Raphael Capita. O grupo apreendido vai responder pelos crimes contra a economia popular, associação criminosa, crimes patrimoniais violentos ou não, além de lavagem de dinheiro e furto. Informações do g1 Grande Minas.