A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) vai anunciar somente em meados de dezembro sua equipe de ministros, enquanto isso, seguem as especulações em torno de nomes cotados dentro dos partidos aliados para ocuparem pastas no novo governo. Entre os nomes baianos mencionados nos bastidores e na imprensa estão os dos atuais ministros Jorge Hage (Controladoria Geral da União), José Sérgio Gabrielli (Petrobras), Juca Ferreira (Cultura) e ainda Mário Negromonte (PP), deputado federal. A permanência de Juca Ferreira (PV) no ministério da Cultura não é tida como certa. Ferreira enfrentou, e venceu, o lobby dos artistas do eixo Rio-São Paulo emplacando uma nova Lei de Incentivo à Cultura, e fez chegar ao Congresso três projetos importantes: o do Vale-Cultura, a lei dos Direitos Autorais e o Plano Nacional de Cultura. Mas distanciou-se do PV e, para ficar no governo, segundo se comenta, teria que deixar o partido. A imprensa tem divulgado que o PT paulista estaria defendendo o nome da filósofa Marilena Chauí para a pasta. Outras especulações dão conta de que, se ficar de fora do governo federal, Juca Ferreira comandaria a secretaria de Cultura da Bahia.Outro nome cuja permanência ainda é uma incógnita é o de José Sérgio Gabrielli, atual presidente da Petrobras, estatal que está turbinada pela descoberta de petróleo na camada pré-sal e por isso mesmo é alvo de enormes disputas, inclusive pelo PMDB. Se ele deixar o cargo, comenta-se que a preferida de Dilma Rousseff para a vaga seria a diretora de Energia e Gás, Graça Foster, tida como eficiente, articulada e muito próxima da presidente eleita – mas Graça também seria uma opção forte de Dilma para a Casa Civil. Gabrielli, no entanto, também está fortalecido por seu aclamado trabalho à frente da estatal, e seria nome certo para ocupar um ministério. Nesse caso, as especulações apontam para a Integração Nacional, hoje com o PMDB. Mário Negromonte, deputado federal, estaria sendo o nome do PP indicado para ocupar o ministério das Cidades, atualmente uma pasta do partido sob o comando de Márcio Fortes. Negromonte liderou a bancada do PP por quatro anos na Câmara, é vice-presidente nacional do partido, presidente na Bahia, e foi um dos principais defensores da candidatura Dilma dentro do PP. Ele nega a pretensão. “Quem escolhe sua equipe é a presidente eleita”, afirma. As informações são do A TARDE.