A falta de uma Unidade de Internamento Provisório (UIP) para acolher jovens infratores em regime de privação de liberdade tem causado transformações na rotina de cerca de 30 famílias em Vitória da Conquista e região, segundo a Promotoria da Infância e Juventude. Recentemente, para duas delas, essa carência representou apenas uma trégua nos conflitos com seus filhos, encaminhados para a Case; enquanto que para uma terceira custou a vida de um jovem de 15 anos, em julho. O jovem, do município de Brumado, foi encaminhado por determinação judicial a uma cela comum, no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep), em Vitória da Conquista, para cumprimento de flagrante de ato infracional. Em meio a outros presos, foi espancado até desfalecer, morrendo em seguida na UTI do Hospital Regional de Base. Segundo dados das coordenadorias regionais de polícia em Conquista, Brumado, Guanambi e Itapetinga, em 2008 foram registrados 109 casos envolvendo jovens em conflito com a lei. Em 2009, esse número subiu para 122 e, este ano, de janeiro até agosto, já são 81 registros. A maioria – cerca de 60% – não responde pelo ato e acaba retornando às ruas. “O sistema de garantia dos direitos está falhando, não somente pela falta de uma casa de acolhimento, mas pela percepção de como deve ser aplicada a ação”, destacou Edmundo Ribeiro, representante do Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. O Estado, por meio da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), mantém uma unidade do Projeto Na Varanda, espaço destinado a atendimento sócio educativo de semi liberdade. A casa tem 20 vagas. As informações são do A TARDE.
