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A fragilidade na segurança do Presídio Regional Advogado Nilton Gonçalves ficou evidenciada em pelo menos quatro episódios recentes. O primeiro foi a descoberta, em julho de 2008, de um túnel de três metros de comprimento por 1,5 metro de altura. Em dezembro do mesmo ano, presos do distrito de segurança receberam ordens de internos no Nilton Gonçalves – por telefone celular e cartas – para reter 15 visitantes até que a direção da unidade mandasse de volta ao presídio 10 presos que estavam no distrito de segurança.

No terceiro episódio, em 2 de dezembro do ano passado, presos explodiram o muro com uma banana de dinamite arremessada de fora para dentro, possibilitando a fuga de 27 deles. Por último, dia 7 de maio, um caminhão foi utilizado parar abrir um buraco no muro do módulo 1 e darfugaa10presos.Em2009, foram registradas 40 fugas e, este ano, até hoje, 14 presos fugiram – a maioria durante o dia. Por telefone, o superintendente de assuntos penais da Secretaria da Justiça e Direitos Humanos, Isidoro Orge Rodriguez, admitiu ter conhecimento dos problemas, garantindo que medidas serão adotadas, como instalação de câmaras, qualificação dos agentes penitenciários e fortalecimento da parceria com a Polícia Militar.

Houve a redução do número de presos no banho de sol.“Em vez de 90 de vez, agora são 45”, informou Rodriguez. Disse ainda que a instalação de uma nova tela está em fase de avaliação. “Também vamos ter detectores de metais”. A data para a implantação de equipamentos não foi definida. As informações são do A TARDE

A deficiência no policiamento, o número insuficiente de servidores penitenciários, ausência de equipamentos de segurança, como sistema de alarme, iluminação interna e externa precárias, e a falta de treinamento de agentes para reconhecimento e interceptação de drogas e objetos são apontados pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) como fatores que facilitam não só a fuga de presos como a entrada de armas e drogas no Presídio Regional Advogado Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista.

Os objetos chegam aos presidiários por meio de visitantes ou são arremessados por cima do muro dos fundos da penitenciária. Segundo o diretor do sindicato, Edfran Silva Costa, em média, chegam a ocorrer cerca de oito arremessos diários. Além de drogas e objetos em garrafas, pães e sacolas plásticas, entram bolas de futebol “recheadas” demaconha,crack e cocaína.

No espaço de duas semanas, a polícia flagrou cinco pessoas, sendo dois adolescentes, prontas para arremessar objetos. Uma delas foi Ademir Brito Santos, 36 anos, flagrado quando tentava atirar sobre o muro quatro garrafas pet, baterias de celular e sete papelotes de cocaína. “É humanamente impossível controlar com esse efetivo atual”, diz Edfran Silva Costa.

O presídio tem capacidade para 187 detentos, porém, na contagem da população carcerária do dia 18 de maio, havia 262,75 excedentes. As informações são do A TARDE