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Em pré-campanha ao Governo da Bahia nas Eleições 2022, o ministro da Cidadania João Inácio Ribeiro Roma Neto desembarcou em Vitória da Conquista para inauguração do Complexo de Escuta Protegida na tarde desta sexta-feira (27) e falou com exclusividade ao BLOG DO ANDERSON sobre os seus planos futuros. “2022 vai chegar e o que eu tenho dito é que naturalmente é que Bolsonaro, que tem manifestado tanto carinho pela Bahia, que tem feito tanto pela nossa terra, naturalmente ele terá palanque na Bahia sim e se necessário for, nós estaremos em campanha de outros voos além do deputado federal. Mas isso é uma discussão para 2022”, disse Roma. Indagado sobre uma eventual aliança entre o ex-prefeito de Salvador, Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto, presidente nacional do Democratas, que foi o seu padrinho político, João Roma disse: “O que nós queremos sim é cada vez mais avançar em pautas para que as ações do governo federal possam propiciar desenvolvimento para o nosso cidadão. Então estarei com Bolsonaro, quando eu fui escolhido ministro de Jair Bolsonaro, todos sabem que o prefeito ACM Neto, resolveu seguir um outro caminho, ele disse que ia buscar uma terceira via, então eu estou com o presidente Bolsonaro, do outro ado nós temos um adversário claro que é o PT, que vem governando através de propaganda, não é? E o prefeito ACM Neto procura uma terceira via”. De acordo com o ministro, a última vez que falou com Neto foi no dia 12 de fevereiro, ou seja, há 204 dias.

O rompimento do deputado estadual Carlos Robson Rodrigues da Silva, o Robinho, do Progressistas, com a gestão do governador Rui Costa dos Santos, que é do Partido dos Trabalhadores, anunciado pelo parlamentar na última segunda-feira (23), tem soado nos bastidores políticos como uma sinalização do PP por mais espaço na base aliada nas Eleições 2022. Essa é a leitura que tem sido feita por lideranças partidárias do estado e que foi revelada na tarde da quarta-feira (25) por José Raimundo Fontes, do PT, vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia. “É natural que os partidos queiram espaço, pode ser um prenúncio dos desejos para 2022. Pode ser uma sinalização do PP, ele seria um sinalizador. É uma leitura possível que alguns colegas estão fazendo. Ficou esse vácuo na pandemia. Não houve circulação. Não pude conversar com bases sociais”, comentou Zé Raimundo, em entrevista ao Bahia Notícias. O ex-prefeito de Vitória da Conquista reconheceu que o Governo Rui Costa precisa melhorar a relação que foi construída com os integrantes da Assembleia nos últimos anos. De acordo com ele, a chegada de Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari, à Secretaria de Relações Institucionais do Estado da Bahia já modificou positivamente o trato com os deputados estaduais. Antes, o interino da pasta era Jonival Lucas Júnior. “Precisamos melhorar essa relação do governo com os parlamentares. Caetano é o grande momento que modificou. Por isso que eu achei de certa forma precipitada a argumentação de Robinho. A medida que Caetano assumiu, ela vem mudando da água para o vinho. A tendência é melhorar”, avaliou Zé Raimundo. Apesar da suposta sinalização, o PP também tem dado demonstrações de fidelidade à base. Ainda nesta quarta, com a vinda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Salvador, integrantes do partido compareceram à AL-BA e reforçaram a unidade da aliança que sustenta o governo de Rui Costa. O deputado estadual Niltinho (PP) avaliou o rompimento de Robinho como uma “decisão isolada”, não conversada com os colegas de legenda. O vice-governador João Leão, maior liderança do PP na Bahia, também fez uma deferência a Lula. Em publicação nas redes sociais, o presidente estadual da legenda fez questão de saudar o petista, mesmo com a íntima relação da sua sigla com o governo do presidente da República Brasileira Jair Messias Bolsonaro. “Tenho grande amizade, admiração e respeito ao líder político que Luiz Inácio Lula da Silva é para o Brasil”, disse.