Promotores franceses disseram que os familiares dos irmãos Said e Chérif Kouachi, acusados do atentado contra o jornal Charlie Hebdo, nesta quinta-feira (8), são terroristas jihadistas que estão atualmente no Iêmen e na Síria. As autoridades francesas acreditam que a localização dos parentes dos dois terroristas é fundamental para o processo de investigação do planejamento do ataque executado por eles na última semana em Paris. Said, segundo fontes ligadas ao serviço de inteligência contra o terrorismo dos Estados Unidos, teria sido treinado pela Al-Qaeda do Iêmen em 2011. Lá, ele teria aprendido a operar armas de pequeno porte e aperfeiçoado sua pontaria. Quando estavam cercados pela polícia na fábrica onde foram mortos pelas forças policiais, os irmãos afirmaram que queriam “morrer como mártires”.
No sábado (10), centenas de pessoas se reuniram na província de Uruzgan, no sul do Afeganistão, para comemorar a morte de 12 pessoas no jornal, chamando os dois atiradores de heróis que aplicaram punição a charges desrespeitosas ao profeta do Islã. Ao mesmo tempo, o arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois, divulgou uma carta aos católicos que foi lida em todas as celebrações religiosas na França.
“Uma caricatura, mesmo quando de mau gosto, não pode ser colocada no mesmo nível que assassinato”. A igreja católica francesa já moveu diversos processos contra o jornal Charlie Hebdo em função de suas charges satíricas. A publicação de charges no jornal que retratavam e criticavam o profeta Maomé e o Islã é apontada pela polícia francesa como o principal motivo da matança feita pelos irmãos Kouachi. Informações do Correio.