Polícia

É muito clara a fronteira entre as atitudes dos arrombadores e aqueles que adentram em algum órgão com finalidades obscuras, como devassar a privacidade de documentos ou tentar destruir pastas e arquivos importantíssimos. Ambos os casos são inaceitáveis. Quando se trata da invasão de um hospital popular com prestígio enorme, a situação se complica. Quando o ex-deputado federal Clóvis Assis chegou a CUPE (Clínica e Urgência Pediátrica), situada a Rua Coronel Gugé, Centro de Vitória da Conquista, na manhã desta quinta-feira (26) seu coração por pouco não parou de bater. A clínica descredenciada pela Prefeitura Municipal fora arrombada. Várias portas foram danificadas ou arrombadas. Estilhaços de vidros espalhados por muitos pontos. Várias gavetas e armários rompidos ou estourados e foram levados muitos arquivos, diversas pastas, instrumentos cirúrgicos, medicamentos e todos os históricos dos pacientes desapareceram. Claro que foram roubados outros objetos: Uma TV, um computador, uma impressora. Mas, naquele local, ficaram outros aparelhos de valor comercial, como TVs, outros computadores, máquinas de escrever e calcular, e materiais de escritório. Todos com valor comercial. Bandejas e bacias inox, aparelhos telefônicos, equipamentos de som, dentre outros. “É como se os invasores fossem guiados por uma bússola instintiva, buscando só documentos da CUPE. Esta atitude é incompreensível. Os arrombadores estavam atrás de que? Não consigo formar um quadro sobre o objetivo dos arrombadores, mas tem algo esquisito por trás disso”, comentou o pediatra. Ele registrou queixa no Distrito Integrado de Segurança Pública e a delegada Decimária Cardoso, que estava de plantão, iniciou a investigação do caso. Não tem sido fácil a vida de Clóvis Assis nos últimos anos. Ele  foi vice-prefeito de Guilherme Menezes e as relações com o chefe do executivo municipal foram rompidas desde a época em que trabalharam juntos. Ele se sentia isolado, numa sala sem café, sem  o mínimo conforto, jogado ao escanteio. Ficou desiludido. Desde então, o médico se diz um homem perseguido e atribui o fechamento da CUPE a uma perseguição sem trégua, de inimigos não tão ocultos como possam  imaginar os cômodos. Confira as imagens.

 (João Melo | Conquista News)