Hélio Ribeiro, político oriundo do Movimento de Cursilhos de Cristandade e do meio comercial
Por Luís Fernandes
Hélio Ribeiro Santos é filho do comerciante Waldomiro Almeida Santos e de D. Alayde Ribeiro Santos; nasceu no distrito do Japomirim, hoje pertencente ao município de Itagibá (BA), mas naquela época pertencia a Boa Nova (BA), situado à margem do rio de Contas em frente à cidade de Ipiaú. Nasceu na fazenda de seu pai no dia 21 de dezembro de 1935. Aos 4 anos já estava morando em Jequié (BA). É casado com D. Sônia Barreto Ribeiro Santos. Foi funcionário do Banco do Brasil no período de 1955 a 1976, sendo adido da Ceplac entre fevereiro de 1962 e abril de 1968, em Itabuna (BA). Em Conquista, além de comerciante (sócio da firma “Waldomiro Almeida & Cia Ltda.”), diretor da Lavisa (Laticínio Vitória da Conquista S.A) e cafeicultor no município de Barra do Choça. Desenvolveu várias atividades sociais, com destaque para o Movimento de Cursilhos de Cristandade.
Campanha de 1982: Hélio discursando, entre Pedral (à sua esquerda e candidato a prefeito) e Raul (à sua direita e candidato a deputado federal), com especial atenção do candidato a deputado estadual Coriolano Sales
Ingressou na política a convite de Dilson Ribeiro de Oliveira (também de família tradicional de Jequié) que, a pedido de Pedral, o convidou para ser seu candidato a vice nas eleições de 1982, enfrentando Sebastião Castro (também do MDB e apoiado por Jadiel), Margarida Oliveira (do PDS de Antônio Carlos Magalhães) e Ruy Medeiros (do PT recém-criado por Lula e seus companheiros). Pedral escolheu bem seu vice, pois trazia para junto de si uma liderança fora dos quadros do MDB que agregava votos de dois importantes segmentos da sociedade: da Igreja Católica (pois ele era integrante do Movimento de Cursilhos) e do Comércio (pois era participante da Associação Comercial e Industrial de Vitória da Conquista e do Clube de Diretores Lojistas). Hélio aceitou na condição de participar também da gestão, inclusive mantendo um gabinete na Prefeitura. Pedral concordou e afirmou que lhe delegaria a supervisão da área financeira, não se limitando, portanto, à expectativa de possíveis substituições do Titular (por diversas vezes, em viagens rápidas de Pedral, cumpriu a substituição mantendo o ritmo das atividades administrativas). Depois, quando Pedral foi coordenar a campanha vitoriosa de Waldir Pires para Governador da Bahia em 1986 e, em seguida, quando o mesmo Pedral foi assumir a pasta da Secretaria dos Transportes do Estado, é que Hélio Ribeiro assumiu, primeiro por cinco meses, depois, já como prefeito, por um período de um ano e cinco meses.
Hélio Ribeiro e Pedral Sampaio, afinados até na transmissão de cargo
Na sua administração, além de dar continuidade às obras programadas por Pedral (Hospital Esaú Matos, Feira Coberta do Bairro Brasil, Biblioteca Municipal José de Sá Nunes, macro-drenagem dos bairros Jurema e Recreio etc.), Hélio moveu gestões junto ao Governador do Estado Waldir Pires e ao Ministro da Educação Carlos Santana no sentido de implantar o Hospital de Base e o Cefet nesta cidade, doando os terrenos para a edificação desses equipamentos. Mas, a maior marca da gestão Hélio Ribeiro foi, certamente, com relação ao funcionalismo público municipal. Oriundo do Banco do Brasil, onde existia uma carreira de progressão funcional de acordo com o tempo de serviço e merecimento, adotou este mesmo critério para os funcionários administrativos e também para os professores municipais, com a implantação do PCCS (Plano de Cargos e Salários) e do Estatuto do Magistério, estabelecendo o piso salarial da categoria em 2.1 salários mínimos, além da Reforma Administrativa, beneficiando sumamente