Entre os 272 municípios baiano em alerta da Epidemia de Dengue, Vitória da Conquista e Feira de Santana receberam visitas de uma equipe do Ministério da Saúde para sugerir iniciativas que possam incrementar o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e aperfeiçoar a assistência. “São dois municípios com epidemia alta e é importante esse trabalho conjunto com o Ministério da Saúde, para que possamos contar com a experiência da equipe vinda de Brasília e também ter um olhar exterior para construirmos novos caminhos e seguirmos com as ações que vêm dando certo. Tudo isso com foco na população e na prevenção de novos óbitos pela Dengue em nosso estado”, explica a superintendente de Proteção e Vigilância em Saúde, Rívia Barros. Em Feira de Santana, a avaliação é que o trabalho do Ministério possa auxiliar numa melhor resposta nas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, vetor de Dengue, Chikungunya e Zika, na prevenção das doenças e num suporte mais adequado na Atenção Básica. Grupos da SESAB detectaram uma subnotificação de casos e a necessidade de maior ajuda da gestão de saúde municipal.
A organização da Rede de Atenção Básica é fundamental para conter a Dengue e evitar novos casos graves e óbitos, de acordo com Morgana Caraciolo, epidemiologista da Coordenação Geral de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde. “Cada município é uma realidade, um gestor. Existe uma diversidade de cenários e sabemos o que tem sido feito na Bahia porque temos realizado esse monitoramento não só aqui como nos demais estados. Estamos aqui para avaliar e apoiar o estado com ações e orientações do Centro de Operações de Emergências do Ministério”, analisa Morgana. Na avaliação do Ministério, o aumento da temperatura por conta das mudanças climáticas e o cenário pandêmico da Covid-19, que comprometeu ações de controle vetorial das arboviroses e a mobilização de equipes nos anos mais recentes, vêm contribuindo para o aumento de casos de Dengue, sobretudo, em todo o Brasil. As equipes do MS e da SESAB reconhecem que, além do trabalho nas esferas federal, estadual e municipal, é preciso que a comunidade entre de vez no combate e na prevenção à doença. “É preciso que as pessoas se apropriem desse conhecimento sobre a Dengue, Chikungunya e Zika e combatam possíveis focos do mosquito dentro de suas residências. A falta de cuidado cria um ambiente favorável às doenças”, afirma Rívia Barros.