Jeremias Macário | Jornalista | [email protected]
Com o pé na estrada e a sua inseparável viola sonora de nordestino valente, há 20 anos o poeta, cantor e compositor Walter Lajes vai ao encontro dos festivais de música e arte na Bahia e outros estados e sempre carrega em sua mochila o nome de Vitória da Conquista. Nessa lida artística de mais de 30 anos, o rei baiano dos festivais já participou de mais de 200 eventos e guarda em sua casa como recordação uma bagagem entre 40 a 50 troféus.
Como um verdadeiro caçador de festivais desde o final dos anos 80 e início dos 90 quando ainda não existia a internet, Walter Lajes, uma junção de Walter Luiz Araújo de Jesus, faz tudo isso com muito sacrifício, prazer e amor para projetar e divulgar seu trabalho, e claro, ganhar uma grana para seu sustento, mas lamenta e critica a falta de apoio logístico e financeiro do poder público em geral e da iniciativa privada que quase nada investe na cultura.
Mesmo diante das dificuldades para conseguir um patrocínio, Lajes garante que vai continuar pegando a estrada para seus festivais, mas em tom de desabafo disse estar decidido a não mais representar o nome de Conquista se não houver uma ajuda municipal. Desde quando veio de Ribeira do Pombal onde se criou e se sente filho da terra, o artista se fixou em Conquista e louva a cidade onde também lhe deu régua e compasso.
Na terra de Elomar e Glauber Rocha, cheia de talentos valiosos em várias linguagens artísticas como na música, na literatura, no teatro, na dança e no cinema, Walter não entende como esta grandiosa cidade é tão carente de atividades culturais, com tão pouco apoio dos setores público e privado. Sabemos que a Secretaria de Cultura tem se esforçado para apoiar o setor e os artistas, mas esbarra na contenção de recursos disponíveis na pasta. Leia mais.