Liberdade de Expressão e Responsabilidade: “Negrinha”

Fábio Sena 

Foi Monteiro Lobato quem deu esse título a um conto seu. No conto, ele narra – do modo mais cruel possível – os maus-tratos recebidos por uma garotinha negra das mãos de uma senhora lá no início do século retrasado.

Depois do episódio envolvendo outra menina negra em Vitória da Conquista, foi deste conto que me lembrei imediatamente. O fato é que – muito resumidamente falando – uma garotinha de cerca de 5 anos desapareceu no início deste ano. A ocorrência virou manchete na locução de um radialista. Dentre os diversos comentários dele relativos ao tema – o sumiço da garotinha –, um ganhou relevo (sublinhado e em negrito): “Uma criança negra! Raptar uma criança negra, pra quê?!”.

Bancos ignoram clientes

Eduardo Moraes

Quando há mais de 10 anos intensificamos nossa luta pela contratação de mais bancários, menos filas e melhores condições de trabalho para a categoria em toda a nossa base sindical, tínhamos clareza de que o caminho seria árduo, pois estávamos enfrentando a poderosa classe dos banqueiros.

Na Bahia, a primeira iniciativa foi do então vereador da cidade de Salvador, Daniel Almeida, hoje deputado federal, que encaminhou projeto de lei conhecido como Lei das Filas. Mesmo com toda a pressão dos bancos, teve seu projeto sancionado e fez da capital baiana a primeira cidade do Brasil a ter uma lei com base no Código de Defesa do Consumidor (Nº 8.078/90), responsabilizando os bancos pela demora no atendimento aos clientes e usuários.

Estão matando o forró

Benjamin NUNES Pereira*

Introdução

No São João fui convidado pelo amigo e colega Dr. Armando Gonçalves, grande causídico, defensor dos pobres e oprimidos desta cidade, para degustar um dos melhores licores de Vitória da Conquista, feito pela sua tataravó, quando aqui chegou com João Gonçalves. Papo vai, papo vem, ele me pediu que escrevesse um artigo em defesa do Forró, porque, em sua opinião, estão matando a mais cara tradição nordestina, sem que as pessoas se dêem conta disso.

Esse jogo não podemos perder!

Eduardo Moraes

É… torcemos, acreditamos, mas ainda não foi desta vez que conquistamos o hexacampeonato de futebol da FIFA. Como a seleção de Dunga não trouxe o título, todos os analistas tentam encontrar um culpado para crucificar. É incrível como todo mundo quer dar um palpite e afirmar que Se o treinador tivesse feito isso ou aquilo ou aquilo outro as coisas seriam diferentes. Até um polvo se transformou em astro global e já deu como certo a conquista do título pela seleção espanhola.

Como a humanidade chega ao século XXI, supera o tempo do obscurantismo, vive um momento em que para tudo a ciência tem uma explicação e nos deparamos perplexos diante das “adivinhações” de um molusco? Se bem que a imprensa parece movida pelo vil metal e tudo é permitido para desviar as atenções das pessoas para as questões relevantes que realmente estão em pauta e podem de alguma forma influenciar nos destinos da humanidade.

LUIZ QUADROS: Uma estrela que nunca se apagará!

Por Antônio Teixeira

Todos nós temos um destino e as vezes nos esquecemos que por aqui passamos apenas para cumprir uma missão. A de Luiz Quadros foi, com certeza, de encher os olhos dos conquistenses e baianos, de um forte magnetismo para o telejornalismo, com seu talento, competência e profissionalismo; também de conquistar  o coração de todos com sua bondade, simpatia e determinação. Embora estando em outro plano, bem mais próximo de todos nós, prestamos nossa eterna homenagem a Luiz Quadros, que foi um “ícone” e pioneiro na comunicação televisiva local, que escreveu com sua vida na história do telejornalismo conquistense, a sua página mais bela, tendo todos por ele o maior carinho, razão pela qual nós lamentamos a sua partida inesperada, prematura ainda no vigor de sua intensa e jovial vida. Uma conotação identifica a figura física de Luiz Quadros com o trajeto de sua vida: foi um grande profissional! E esse profissionalismo marca a sua biografia e honra a sua imagem que deixou na mente dos conquistenses.

O poder do nosso voto

 Thiago Fernandes Galdino

 O voto é a principal arma contra a corrupção, nós Brasileiros, Baianos e conquistenses vamos ter uma oportunidade sem precedentes nas próximas eleições.

Todas as estruturas políticas Câmara estadual, Câmara Federal, Senado e a presidência da República terão a chance de renovação.

Alguns eleitores estão pondo a tese de que na campanha, a questão ética não vai pesar, pois todos os partidos estão envolvidos em corrupção. Ponto de vista duvidoso em primeiro lugar, não são “todos os partidos”. Em segundo, nem todos os políticos em cada partido estão envolvidos.

 Esta generalização tenta desanimar o eleitor a importância de sua capacidade de mudar alguma coisa.

 Apesar de tudo a probabilidade de renovação na política do Brasil e principalmente da Bahia é real. Se, em 2009, o Brasil teve a atenção do mundo pela velocidade com que se recuperou da crise econômica, em 2010, poderá maravilhar-se a comunidade pela capacidade de reconstruir a Política.

 Vamos pensar, vamos fazer valer o nosso voto, vamos escolher novos candidatos.

Castro Alves morreu em 6 de julho

Benjamin Nunes Pereira*

Ontem, hoje e amanhã, jamais poderemos nos esquecer da melancólica data de 06 de julho de 1871, quando o nosso grande imortal “Poeta dos Escravos” Antonio Frederico de Castro Alves veio a falecer devido a problemas sérios de saúde, quando expirou às três horas e meia da tarde, junto a uma janela banhada de sol, para onde fora levado de acordo com o seu ultimo desejo.

Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847, morreu ainda muito jovem com 24 anos de idade, nasceu na fazenda Cabaceiras, na então freguesia de Muritiba, comarca de Cachoeira, a poucas léguas de Curralinho, na Bahia. Filho de Dr. Antonio José Alves e dona Clélia Brasília da Silva Castro.

Independência da Bahia

Benjamin NUNES Pereira*

Autoridade máxima para falar de Independência na Bahia chama-se Professor Doutor Luis Henrique Dias Tavares, que nasceu na cidade de Nazaré das Farinhas, Estado da Bahia, a 25 de janeiro de 1926 e que este ano fez 84 anos, depois de muito tempo de dedicação ao ensino de História, além de fecunda atividade como pesquisador e escritor, tendo publicado diversos livros com uma temática a respeito da Independência da Bahia, chegando a publicar uma das obras com um título bastante interessante A Independência do Brasil na Bahia. O professor Luis Henrique realizou pesquisas históricas no Public Record Office, Londres, Inglaterra, onde esteve fazendo seu Pós-Doutorado na University College London, aceito na condição de Fellow Professor University of London, quando concluiu no período de 1985 a 1986, na condição de Honorary Reserch Fellow. Nessa ocasião escreveu o livro Comércio Proibido de Escravos. Após a sua aposentadoria a Universidade Federal da Bahia conferiu-lhe o título de Professor Emérito. A entrega foi em 24 de julho de 1992.

Per Árdua Surgo: “Pela dificuldade eu venço”

Cresce, oh! Filho de minha alma
Para a pátria defender,
O Brasil já tem jurado
Independência ou morrer.

Eduardo Moraes

Foi assassinado de forma covarde, mais um defensor do povo que dedicou toda a sua vida a lutar por uma sociedade de oportunidades iguais para todos. Assim agia Paulo Roberto Colombiano, que exercia o cargo de Diretor Financeiro do Sindicato dos Rodoviários de Salvador, conquistado nas últimas eleições. Seja na luta sindical dos Rodoviários ou na organização e politização dos moradores da periferia da cidade, lá estava ele, sempre solidário ao ser humano injustiçado em qualquer parte do mundo. Colombiano levantava a sua voz em defesa de uma nova sociedade, onde a fraternidade deve ser a mola propulsora das relações sociais. A fé no socialismo era o combustível que alimentava esse comunista. 

Viva São João

Eduardo Moraes

Valeu as críticas dos torcedores brasileiros sobre a forma defensiva e mecânica de como a nossa seleção vinha jogando lá na África do Sul. Na partida contra a seleção da Costa do Marfim, não foi um show de bola como nos velhos tempos, mas bastou colocar um pouco mais de velocidade e melhorar a movimentação para jogar um futebol sul americano e vencer bonito pelo placar de 3X1. Enfim estamos de bem com a vida, todos alegres, felizes e nacionalistas, em todos os cantos do país bandeiras brasileiras tremulam por todas as partes, quase sempre cruzamos com alguém cantarolando ou assobiando o Hino Nacional.

A força não pode vencer a magia

Eduardo Moraes

A expectativa era grande neste último 15 de Junho, devido à estréia da seleção brasileira na 19º Copa do Mundo de Futebol – FIFA, na África do Sul. A população brasileira estava unida, de norte a sul, mas também estava de olho em Brasília, onde o presidente Lula, de uma canetada só, poderia marcar dois gols a favor dos trabalhadores brasileiros. Mantendo a decisão do Congresso Nacional, garantiria o reajuste de 7,72% para os aposentados e o fim do famigerado fator previdenciário, herança maldita da era FHC, justiça que seria feita com milhares de trabalhadores deste Brasil, que por necessidade são empurrados para o mercado de trabalho ainda muito jovens.

Deveríamos aprender com o Japão

Alberto Marlon Oliveira

No último 23 de maio o primeiro ministro japonês chegou com sua comitiva à reunião. No semblante, a aparência abatida e derrotada transparecia. Reunidos, moradores da ilha de Okinawa, juntamente com o governador da província, aguardavam as primeiras falas do representante da nação japonesa. Diante da platéia, Yukio Hatoyama curvou-se, em forma de reverência, e começou: “Peço desculpas do fundo do meu coração pela confusão que causei ao povo de Okinawa por não ter conseguido cumprir minha promessa.” Diante do silêncio, orientalmente disciplinado dos ouvintes, Hirokazu Nakaima, governador da ilha, rebateu: “Eu devo dizer que sua decisão é extremamente lamentável e difícil de aceitar”.  O primeiro ministro calou-se, terminou a audiência e, diante dos milhares de manifestantes que gritavam do lado de fora, saiu o mais rápido que pôde. Hatoyama, que chegou ao poder em setembro do ano passado, tinha prometido revisar o acordo, que permite o funcionamento de uma base norte americana na ilha, mas a rejeição dos Estados Unidos em modificá-lo o colocou em uma situação difícil.

O consumo é o ópio do povo

Eduardo Moraes

Parafraseando os filósofos Marx e Engels, que disseram ser a “religião o ópio do povo”, sabemos que o ópio é um grande alivio nos processos de adoecimentos dolorosos. Hoje, os números apresentados no Brasil pelos mais variados e acreditados institutos de pesquisa, sobre o acelerado crescimento do país em vários aspectos econômicos e social, como a redução da pobreza de 25,9 milhões de brasileiros que subiram para a classe C, representam mais qualidade de vida e poder de consumo.

A partir da eleição do presidente Lula, independente de estreiteza política, credo religioso, orientação sexual, ideologia ou time de futebol, é preciso reconhecer, ler, ouvir e enxergar que muito foi feito para reduzir as desigualdades sociais. Mas, ainda há muito por fazer: distribuir de forma mais equânime as riquezas produzidas pelo trabalho de todos nós, implantar a reforma agrária e a tributária, taxar as grandes fortunas, elevar os investimentos em saúde e transformar a educação, o esporte e o lazer em instrumentos de liberdade e exercício da cidadania. Tudo isso efetivamente nos dará a certeza de um País de todos, já que com essas ações políticas os jovens de hoje serão capazes de conduzirem o Brasil sustentável de amanhã.

Zona Franca – Racismo: um crime silencioso

Fábio Sena

Tenho uma amiga que tem verdadeira revolta com a situação da mulher na sociedade, ao mesmo tempo nutre uma ira sem fim para com os homens, por seu machismo, seu patriarcalismo. Enfim, ela não admite que a história ainda não tenha criado as condições para dar a devida equiparação a homens e mulheres.

Ela é uma das mulheres mais cultas e inteligentes que conheço. Por opção, mora no subúrbio de Vitória da Conquista. Outro dia, me ligou para dizer que estava indignada com o que acabara de ler em um blog (e eu não recomendo a ninguém a companhia de Ana Lúcia quando revoltada). Ela me contou que Luislinda Valois, primeira juíza negra do Brasil, havia sido tratada de forma desrespeitosa por um site que, em uma legenda, tratava-a por camareira.

E em cartaz, nós!

Lays Macêdo | Revertério

A violência desenfreada que cerca Vitória da Conquista já alcança os setores de prestação de serviços básicos.

Num breve resumo, pode ser identificado como o estopim dessa situação mais que caótica o assassinato do policial militar Marcelo Márcio Lima Silva, 32 anos, no dia 29 de janeiro deste ano. Logo em seguida, um grupo, supostamente de PMs, se uniu em busca de justiça/retaliação. O desaparecimento de três adolescentes, assassinato de 11 pessoas e a presença de uma força tarefa do Ministério Público Estadual, resultou em prisão para 10 policiais militares.

Resumão da Semana

Por Ígor Luz | Revertério

Não há semana que não seja movimentada. Na mesma semana em que estréia Sex and the City 2, uma menina é encontrada 15 anos após ser sequestrada. Na mesma semana em que Daniel Craig (o intérprete de James Bond) beija outro homem na Califórnia, morre o ator Gary Coleman. É complicado fazer um resumão de tudo que aconteceu essa semana. Mas algumas coisas que considerei importantes, estão selecionadas abaixo. Confiram:

Uesb aguarda o voto do governador

Nadjara Régis

Nem o voto misto, nem o voto universal. A paridade é o critério adotado nas eleições para reitor na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, a Uesb, com campus em Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga.

No critério de voto com peso misto, há um peso distinto para o voto dos estudantes, dos professores e dos técnicos administrativos. No critério de voto com peso paritário, obviamente, o peso é igual para cada um dos segmentos da vida acadêmica (um terço para o montante de votos de cada segmento). No critério de votação universal cada voto vale um e o resultado, portanto, é a soma absoluta de todos os votos independente da qualidade de quem votou.

É possível combater a violência

Eduardo Moraes

Diante do quadro quase epidêmico da violência que se alastra por todo o Brasil e que proporcionalmente tem atingido o nosso município, esta semana, várias lideranças sindicais se reuniram na sede do Sindicato dos Bancários para fazer uma avaliação sobre os últimos acontecimentos ocorridos em nossa cidade. Concluímos que estamos diante de um grande desafio. De acordo com levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) 90,1% dos brasileiros tem a sensação de que a violência está aumentando.  As tentativas de frear esse leviatã tem sido vãs, pois governos, polícias, especialistas, ninguém ousa responder ou apresentar possível solução para esses episódios. Se a sociedade efetivamente pretende combater os males provocados por essa chaga, é preciso deter-se em um debate que defina ações de curto, médio e longo prazo.

Observamos que em nível local, as iniciativas promovidas até aqui por setores da sociedade, têm sido inócuas: sessões especiais, audiência pública, visitas ao governador, passeatas, abaixo assinados, nenhuma dessas iniciativas resultou até agora em ação que efetive a presença do Município, Estado ou Governo Federal no combate a esse mal. Dos debates promovidos, quando da realização da Conferência Nacional de Segurança, nada se concretizou até o momento. A discussão sobre o Sistema Único de Segurança Pública, Fundo Nacional de Segurança Pública, foram colocados na “geladeira”. Em nosso Estado, o Programa Nacional de Segurança Pública (PRONASCI) alcança apenas à capital e mais 03 municípios da região metropolitana de Salvador.

Os legados da Copa 2014 em Vitória da Conquista e Região

Eduardo Moraes

O Futebol é escola de vida. De acordo com FIFA (Federação Internacional de Futebol), a prática do jogo de futebol tem como objetivo melhorar o presente e construir um futuro novo e digno para toda a humanidade no planeta terra. Além de ser considerado simplesmente um esporte global, é uma força unificadora.

Vivemos um momento de euforia com a confirmação de Salvador como uma das sedes da Copa do mundo de 2014. Imagine os avanços e transformações radicais que sofrerão as cidades sedes e o país com a realização desse magnífico evento.  Não seria o caso de pleitearmos uma sub-sede para Vitória da Conquista? Afinal, nosso município é hoje o que mais atrai investimentos nos mais variados seguimento econômico no interior do Nordeste e será o que mais crescerá nos próximos vinte cinco anos.

Vitória da Conquista é destaque em artigo publicado no A TARDE

Vitória da Conquista é um exemplo de administração pública. Há 13 anos que o município é governado pelo PT, naturalmente ao lado de outros partidos que compartilhamos projetos de melhorar a vida do povo, democratizar as relações entre o poder e a população, assegurar uma gestão honesta e transparente. As sucessivas escolhas de pessoas vinculadas ao PT evidenciam que as políticas públicas, programas e ações desenvolvidos têm proporcionado um saldo na qualidade de vida de todos e particularmente dos mais pobres e, ao lado disso, garantido um crescimento econômico acentuado, com impacto sobre todos os municípios vizinhos.