Segure em minha mão

Por Edvaldo Paulo de Araujo

Outro dia, sentado num banco de jardim, apreciava com gosto aquele momento singular. A água que jorrava da fonte, os pássaros e seus diversificados cantos, os peixes que vinham na superfície buscar as pipocas jogadas pelas crianças, o vento frio do inverno de minha terra que balançava os pequenos galhos, derrubando as folhas secas, o carro que passava a caminho do seu destino…

Neste dia dois fatos me chamaram por demais a minha atenção e me levou a meditar. A noite recordei desses fatos e a mensagem do mestre Eckart Tolle em o poder do agora, onde ele diz, que devemos deixar longe os pensamentos e prestar mais atenção ao que nos rodeia. Uma garotinha ao atravessar um caminho no jardim da praça das borboletas (vou sempre chama-la assim!!!) ao pisar em um dos blocos do piso,para ver os peixinhos, disse a sua mãe “mamãe não solte a minha mão” mostrando assim a mais bela e profunda confiança na sua querida mãe.O outro acontecimento foi quando um jovem conduzia um velhinho, com certa dificuldade no andar, o carinho, cuidado e afeição com que ele o conduzia era absolutamente perceptível.Ao perceber o meu olhar, dirigiu o seu em minha direção  e não pude evitar o comentário,  disse;”cuide dele direitinho pois gostaria de ter tido a oportunidade com meu pai, que foi embora…”.

Bananas estragadas

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Outro dia ia em direção ao fórum, passava pela rua que vai da Siqueira Campos a Praça Rotary clube,em Vitória da Conquista-Ba, onde moro, um homem me chamou atenção.Primeiro pelo estado triste e deplorável completo do seu estado, roupas imundas e a mais completa sujeira.A impressão que dava era de que devia ter muito tempo que não tomava um banho e o pior com um pacote de bananas estragadas, que remexia e tentava comer.

Parei de uma certa distancia e fiquei observando a todos que passavam e seus mais variados comportamentos e o principal era o de virar o rosto e seguir o seu caminho. Durante o tempo que fiquei observando vi pessoas das mais variadas religiões e o que mais me chamou atenção, foi um moço ainda jovem com um volume da bíblia debaixo dos braços,caminhava orgulhosamente, como que ostentando um troféu, passou,olhou e seguiu em frente como se algo normal, natural fosse aquele pobre homem naquela situação.

O dia do Bancário

Por Benjamin Nunes Pereira

O dia 28 de agosto é o dia do bancário, então os bancários de todo o país estarão relembrando a data, que surgiu no calendário por meio de uma grande luta travada, quando em uma assembléia histórica realizada em 28 de agosto de 1951 há cinquenta e nove anos com uma maioria expressiva da categoria, o sindicato de São Paulo decretou greve por considerar o percentual oferecido na época uma bagatela. Os bancários foram à luta na busca de reivindicações e um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço.

Bem antes da greve, várias foram as tentativas de negociações com os banqueiros que não acataram, pressionando para que houvesse conciliação no Tribunal Regional do Trabalho. Os bancários não aceitaram o dissídio coletivo e fizeram uma paralisação simbólica de um minuto nas agências de São Paulo no dia 12 de julho de 1951 e outra de três minutos em 02 de agosto do mesmo ano. Ficou evidente a dificuldade de unificar nacionalmente o movimento, pois em quase todos os sindicatos da categoria era marcante a presença de ex-interventores. A contraproposta dos banqueiros foi ridícula: além de excluir o salário profissional e o adicional por tempo de serviço, o reajuste seria baseado nos índices oficiais do custo de vida.

A fita amarela

Por Edvaldo Paulo de Araújo

Ano 1960 morava em Potenza, Itália. Na nossa cidade os jovens ambiciosos partiam cedo em busca de melhores dias para si e sua família. De há muito sonhava com essa possibilidade, só não o fazendo por amor a uma ragassa amada,minha primeira namorada e primeiro amoré, Nina Chiarelli e deixar minha querida e amada mãe. Já não tinha o meu papa, que se fora cedo para o outro lado da vida, deixando-me ainda pequeno e fui criado pela mina mama. .Minha madre sempre me apóia e dizia vá “filho mio”,não se preocupe comigo, em busca de dias melhores para tu e tua família que virá,sabes que aqui não terás muita chance e dizem no Brasil, tem muita fartura e todos que para lá partem se enriquecem.Tinhas alguns patrícios nos Estados unidos e também no Brasil, que era o país que mais me atraia.

O desafeto de Wagner…

Emmerson José

O governador Jaques Wagner (PT) não esconde de ninguém que, apesar das divergências políticas com Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB), seu único desafeto nestas eleições é o candidato do Psol ao Palácio de Ondina, Marcos Mendes. Acostumado a manter-se frio mesmo em momentos de crise, o petista ficou irritado com os ataques do adversário no debate da Band, transmitido na noite de quinta-feira. Durante o intervalo doembate televisivo, com os microfones desligados, Wagner dirigiu palavras nada amistosas a Mendes. Classificou como “coisa de moleque” o episódio em que o socialistaofereceu a ele uma amostra de água, dizendo ter sido contaminada por urânio de Caetité, no Sudoeste baiano.

Futuro-presente do Estado da Bahia

 Por Geraldo Reis

Nesse momento de disputa eleitoral, o processo será bem mais pedagógico se os projetos para o estado, além de focalizarem as necessidades imediatas da população, refletirem também sobre temas estruturantes para o futuro do nosso estado. Só assim poderemos compreender melhor as limitações do padrão de desenvolvimento implementado nas últimas décadas, e as possibilidades descortinadas na atualidade, mas que só serão bem aproveitadas se tivermos clareza da direcionalidade que queremos imprimir para uma Bahia do século XXI.

Os grandes traços do desenvolvimento da Bahia nas últimas décadas são bastante conhecidos, desde o debate sobre o enigma baiano, a opção pela industrialização de bens intermediários, a tese do desenvolvimento exógeno e espasmódico, a constatação da concentração espacial e setorial da economia, com pontos dinâmicos nos extremos do território, aos limites da guerra fiscal.

Raio X das Eleições

Diêgo Gomes

As eleições 2010 começa hoje. Não, não errei em relação a data. Pelo menos para a quase totalidade das candidaturas cujos representantes são de Vitória da Conquista.

Claro que a campanha de rua do vereador e candidato a deputado estadual, Jean Fabrício (PCdoB) iniciou em 06 de julho e há 15 dias fez o lançamento de sua campanha em um clube da cidade.

Já a dobradinha de Waldenor (PT) e Zé Raimundo (PT) começou os trabalhos no meio do mês passado. Na última quinta (29), inauguraram o comitê. Antes participaram de um evento com o candidato a reeleição Jaques Wagner (PT)

Os outros, todos os outros, iniciaram tímidos a campanha. Herzem Gusmão (PMDB), candidato a deputado federal, preferiu fazer o corpo a corpo em pontos espeíficos e divulgar uma carta aberta sobre o porque de sua candidatura. Natan e Lanteney, ambos do PMDB e candidatos a deputado estadual, tiveram um início diferente. Enquanto o primeiro decidiu dobrar com Herzem Gusmão, inclusive com uma música que cita os dois, o segundo não mostrou para que candidatou ainda.

A vez do eleitor escalar o time

Alberto Marlon

Sexta feira, 2 de julho. Seria mais um dia qualquer se não fosse dia de jogo da seleção de futebol brasileira. Em campo, Brasil e Holanda, pelas quartas de final. Contrariando a maioria, eu estava em trânsito, esperando um coletivo pra ir assistir os canarinhos na casa de um colega. Esperava no ponto enquanto se aproximava a hora do jogo. Uma moça, que passava de bicicleta, chamou-me a atençao: ei, se você está esperando o ônibus pode desistir, eles não estão parando na hora do jogo do Brasil. Com o aviso da moçoila, saí de minha ingenuidade: Por Garrincha! Até o transporte público pára em jogos da seleção pentacampeã. Tudo fechado, apenas os sons das irritantes vuvuzelas aqui e acolá.

Liberdade de Expressão e Responsabilidade: “Negrinha”

Fábio Sena 

Foi Monteiro Lobato quem deu esse título a um conto seu. No conto, ele narra – do modo mais cruel possível – os maus-tratos recebidos por uma garotinha negra das mãos de uma senhora lá no início do século retrasado.

Depois do episódio envolvendo outra menina negra em Vitória da Conquista, foi deste conto que me lembrei imediatamente. O fato é que – muito resumidamente falando – uma garotinha de cerca de 5 anos desapareceu no início deste ano. A ocorrência virou manchete na locução de um radialista. Dentre os diversos comentários dele relativos ao tema – o sumiço da garotinha –, um ganhou relevo (sublinhado e em negrito): “Uma criança negra! Raptar uma criança negra, pra quê?!”.

Bancos ignoram clientes

Eduardo Moraes

Quando há mais de 10 anos intensificamos nossa luta pela contratação de mais bancários, menos filas e melhores condições de trabalho para a categoria em toda a nossa base sindical, tínhamos clareza de que o caminho seria árduo, pois estávamos enfrentando a poderosa classe dos banqueiros.

Na Bahia, a primeira iniciativa foi do então vereador da cidade de Salvador, Daniel Almeida, hoje deputado federal, que encaminhou projeto de lei conhecido como Lei das Filas. Mesmo com toda a pressão dos bancos, teve seu projeto sancionado e fez da capital baiana a primeira cidade do Brasil a ter uma lei com base no Código de Defesa do Consumidor (Nº 8.078/90), responsabilizando os bancos pela demora no atendimento aos clientes e usuários.

Estão matando o forró

Benjamin NUNES Pereira*

Introdução

No São João fui convidado pelo amigo e colega Dr. Armando Gonçalves, grande causídico, defensor dos pobres e oprimidos desta cidade, para degustar um dos melhores licores de Vitória da Conquista, feito pela sua tataravó, quando aqui chegou com João Gonçalves. Papo vai, papo vem, ele me pediu que escrevesse um artigo em defesa do Forró, porque, em sua opinião, estão matando a mais cara tradição nordestina, sem que as pessoas se dêem conta disso.

Esse jogo não podemos perder!

Eduardo Moraes

É… torcemos, acreditamos, mas ainda não foi desta vez que conquistamos o hexacampeonato de futebol da FIFA. Como a seleção de Dunga não trouxe o título, todos os analistas tentam encontrar um culpado para crucificar. É incrível como todo mundo quer dar um palpite e afirmar que Se o treinador tivesse feito isso ou aquilo ou aquilo outro as coisas seriam diferentes. Até um polvo se transformou em astro global e já deu como certo a conquista do título pela seleção espanhola.

Como a humanidade chega ao século XXI, supera o tempo do obscurantismo, vive um momento em que para tudo a ciência tem uma explicação e nos deparamos perplexos diante das “adivinhações” de um molusco? Se bem que a imprensa parece movida pelo vil metal e tudo é permitido para desviar as atenções das pessoas para as questões relevantes que realmente estão em pauta e podem de alguma forma influenciar nos destinos da humanidade.

LUIZ QUADROS: Uma estrela que nunca se apagará!

Por Antônio Teixeira

Todos nós temos um destino e as vezes nos esquecemos que por aqui passamos apenas para cumprir uma missão. A de Luiz Quadros foi, com certeza, de encher os olhos dos conquistenses e baianos, de um forte magnetismo para o telejornalismo, com seu talento, competência e profissionalismo; também de conquistar  o coração de todos com sua bondade, simpatia e determinação. Embora estando em outro plano, bem mais próximo de todos nós, prestamos nossa eterna homenagem a Luiz Quadros, que foi um “ícone” e pioneiro na comunicação televisiva local, que escreveu com sua vida na história do telejornalismo conquistense, a sua página mais bela, tendo todos por ele o maior carinho, razão pela qual nós lamentamos a sua partida inesperada, prematura ainda no vigor de sua intensa e jovial vida. Uma conotação identifica a figura física de Luiz Quadros com o trajeto de sua vida: foi um grande profissional! E esse profissionalismo marca a sua biografia e honra a sua imagem que deixou na mente dos conquistenses.

O poder do nosso voto

 Thiago Fernandes Galdino

 O voto é a principal arma contra a corrupção, nós Brasileiros, Baianos e conquistenses vamos ter uma oportunidade sem precedentes nas próximas eleições.

Todas as estruturas políticas Câmara estadual, Câmara Federal, Senado e a presidência da República terão a chance de renovação.

Alguns eleitores estão pondo a tese de que na campanha, a questão ética não vai pesar, pois todos os partidos estão envolvidos em corrupção. Ponto de vista duvidoso em primeiro lugar, não são “todos os partidos”. Em segundo, nem todos os políticos em cada partido estão envolvidos.

 Esta generalização tenta desanimar o eleitor a importância de sua capacidade de mudar alguma coisa.

 Apesar de tudo a probabilidade de renovação na política do Brasil e principalmente da Bahia é real. Se, em 2009, o Brasil teve a atenção do mundo pela velocidade com que se recuperou da crise econômica, em 2010, poderá maravilhar-se a comunidade pela capacidade de reconstruir a Política.

 Vamos pensar, vamos fazer valer o nosso voto, vamos escolher novos candidatos.

Castro Alves morreu em 6 de julho

Benjamin Nunes Pereira*

Ontem, hoje e amanhã, jamais poderemos nos esquecer da melancólica data de 06 de julho de 1871, quando o nosso grande imortal “Poeta dos Escravos” Antonio Frederico de Castro Alves veio a falecer devido a problemas sérios de saúde, quando expirou às três horas e meia da tarde, junto a uma janela banhada de sol, para onde fora levado de acordo com o seu ultimo desejo.

Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847, morreu ainda muito jovem com 24 anos de idade, nasceu na fazenda Cabaceiras, na então freguesia de Muritiba, comarca de Cachoeira, a poucas léguas de Curralinho, na Bahia. Filho de Dr. Antonio José Alves e dona Clélia Brasília da Silva Castro.

Independência da Bahia

Benjamin NUNES Pereira*

Autoridade máxima para falar de Independência na Bahia chama-se Professor Doutor Luis Henrique Dias Tavares, que nasceu na cidade de Nazaré das Farinhas, Estado da Bahia, a 25 de janeiro de 1926 e que este ano fez 84 anos, depois de muito tempo de dedicação ao ensino de História, além de fecunda atividade como pesquisador e escritor, tendo publicado diversos livros com uma temática a respeito da Independência da Bahia, chegando a publicar uma das obras com um título bastante interessante A Independência do Brasil na Bahia. O professor Luis Henrique realizou pesquisas históricas no Public Record Office, Londres, Inglaterra, onde esteve fazendo seu Pós-Doutorado na University College London, aceito na condição de Fellow Professor University of London, quando concluiu no período de 1985 a 1986, na condição de Honorary Reserch Fellow. Nessa ocasião escreveu o livro Comércio Proibido de Escravos. Após a sua aposentadoria a Universidade Federal da Bahia conferiu-lhe o título de Professor Emérito. A entrega foi em 24 de julho de 1992.

Per Árdua Surgo: “Pela dificuldade eu venço”

Cresce, oh! Filho de minha alma
Para a pátria defender,
O Brasil já tem jurado
Independência ou morrer.

Eduardo Moraes

Foi assassinado de forma covarde, mais um defensor do povo que dedicou toda a sua vida a lutar por uma sociedade de oportunidades iguais para todos. Assim agia Paulo Roberto Colombiano, que exercia o cargo de Diretor Financeiro do Sindicato dos Rodoviários de Salvador, conquistado nas últimas eleições. Seja na luta sindical dos Rodoviários ou na organização e politização dos moradores da periferia da cidade, lá estava ele, sempre solidário ao ser humano injustiçado em qualquer parte do mundo. Colombiano levantava a sua voz em defesa de uma nova sociedade, onde a fraternidade deve ser a mola propulsora das relações sociais. A fé no socialismo era o combustível que alimentava esse comunista. 

Viva São João

Eduardo Moraes

Valeu as críticas dos torcedores brasileiros sobre a forma defensiva e mecânica de como a nossa seleção vinha jogando lá na África do Sul. Na partida contra a seleção da Costa do Marfim, não foi um show de bola como nos velhos tempos, mas bastou colocar um pouco mais de velocidade e melhorar a movimentação para jogar um futebol sul americano e vencer bonito pelo placar de 3X1. Enfim estamos de bem com a vida, todos alegres, felizes e nacionalistas, em todos os cantos do país bandeiras brasileiras tremulam por todas as partes, quase sempre cruzamos com alguém cantarolando ou assobiando o Hino Nacional.