Ricardo Marques
Não diminuindo a importância do debate sobre o retorno da Micareta, maio em Vitória da Conquista vai ser palco da segunda edição do Festival da Juventude. O evento tem um modelo inovador em sua concepção e tem sido construído coletivamente, com a participação de entidades estudantis e movimentos de juventude. Isso não é pouco. Alguns conceitos bem modernos como a construção colaborativa, a criatividade como elemento de gestão, a autogestão, se entrelaçam num modelo de festival que mistura arte, cultura de qualidade, música, debates, palestras, rodas de conversa, atividades esportivas, manifestações dos movimentos sociais e estudantis, tudo num único caldeirão, que em sua versão inicial conseguiu atrair caravanas de jovens de mais de cinquenta cidades baianas.
O modelo já se tornou referência e algumas outras cidades do estado já pensam em investir em propostas similares. No ano passado, o jornalista Alex Antunes comentou ter se sentido na Europa e o modelo encantou jovens que, além de diversão, estavam buscando seu lugar ao Sol. Não à toa a escolha do tema do evento: “Fazer parte em toda parte”, um verdadeiro chamado à juventude para que ela ocupe o seu lugar na sociedade, em todos os seus espaços e construções participativas.