Durante esta semana, o Coletivo de Luta Antimanicomial da Bahia realiza uma série de atividades dedicadas à causa. As ações antecipam o 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial no Brasil. Ano após ano, o 18 de maio é comemorado por meio de manifestações e mobilizações de usuários, familiares e trabalhadores de saúde mental, que reivindicam uma sociedade sem manicômios.A data foi escolhida no Congresso de Trabalhadores de Saúde Mental que se realizou em Bauru-SP, em 1987, inaugurando o movimento nacional da luta antimanicomial. Esse movimento luta pelo cumprimento da Lei 10.216 de 2001, que normatiza a Reforma Psiquiátrica e defende o cuidado integral em liberdade na sociedade e o resgate da cidadania da pessoa em sofrimento psíquico.
Em Salvador, o coletivo, formado por associações de usuários e familiares, estudantes e trabalhadores de saúde mental, organiza semanas de preparo com atividades esportivas, mostras de vídeo, palestras e debates. O encerramento das comemorações será no sábado (19) com a “5ª Parada em Movimento do Orgulho Louco”, que todos os anos vai às ruas com o objetivo de chamar a atenção para a luta pelos direitos das pessoas em sofrimento mental, contra as internações manicomiais e o preconceito em relação às pessoas chamadas de loucas. “Este ano o tema escolhido para a parada foi ‘Ainda que lhe incomode as drogas internação compulsória não é a solução. Cuidar sim, excluir não’. Essa posição é em defesa da política de atenção aos usuários de álcool e outras drogas comoparte integrante das ações em saúde mental em respeito aos mesmos princípios da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial”, afirma a psicóloga e membro do Coletivo Antimanicomial da Bahia, Laura Alícia Côrtes.
(Vitor Fernandes)
