Ademar Dias Galvão, talvez o maior empreendedor da história de Vitória da Conquista
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Por Luís Fernandes
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Ademar Dias Galvão, um dos maiores empreendedores da história de Conquista, nasceu em Brejões (BA) no dia 30 de junho de 1922. Veio para Vitória da Conquista ainda jovem e aqui fundou a firma Veigal – Galvão Veículos, Máquinas S.A, na Praça Barão do Rio Branco (onde hoje é a Insinuante). Na época era representante da Willys Overland do Brasil. Em 1960 sua firma foi modificada para “Ademar Galvão S.A Comércio e Indústria”. Em outubro de 1962 tomou posse como presidente da Associação Comercial e Industrial de Vitória da Conquista, cargo que ocupou até 1964. Na sua gestão instituiu a “semana inglesa” nesta cidade, ou seja, o fechamento do comércio aos sábados, depois de meio dia. Ainda em 1962 tomou parte da diretoria da ex-Cia Telefônica de Vitória da Conquista como seu diretor comercial. Cultivou algodão em Anagé e aqui construiu um prédio apropriado para a instalação da “Usina Ouro Branco” no bairro Departamento. Com o necessário equipamento para benefiiamento do algodão, esta usina foi inaugurada no dia 15 de abril de 1963. Ademar construiu ainda, na Praça Barão do Rio Branco, um prédio que seria sede de suas atividades comerciais, tendo deixado em fase de acabamento. Trata-se do edifício “Ouro Branco”, onde está o Banco Mercantil do Brasil, adquirido por Pedro Cangussu.
Edifício Ouro Branco (onde hoje é o Banco
Mercantil do Brasil) foi construído por Ademar
Galvão e, dizem, o que o levou à falência
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Ademar foi também presidente do Clube Social Conquista, na época em que terminou a construção de sua atual sede, bem como participou da ata de fundação do CDL (Clube de Diretores Lojistas), hoje Câmara de Diretores Lojistas, em 1963.
Dona Yvone Rodrigues, 1ª
esposa de Ademar Galvão
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Em Vitória da Conquista se casou com D. Yvone Rodrigues (nascida em 30 de janeiro de 1933 e falecida em 28 de dezembro de 1955), filha do ex-prefeito Arlindo Rodrigues. Tiveram apenas um filho: Yvomar (in memorian). Viuvando-se, casou-se pela segunda vez com D. Márcia Gomes Lapa, natural de Itambé (BA), com quem também teve apenas um filho: Ademar Galvão (Ademarzinho). Ademar e Márcia casaram-se no dia 18 de setembro de 1959, conforme noticiou o jornal “O Conquistense” em sua edição de 26 de setembro de 1959.
D. Márcia Gomes Lapa, 2ª esposa
de Ademar Galvão
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Depois de alguns contratempos nos negócios e muitos prejuízos acumulados mudou-se para Salvador. Sua família (mulher e filho) passou a dedicar-se à pintura. Ademar faleceu no dia 22 de julho de 1984, já sem sua grande fortuna que havia construído em Conquista, mas deixou um legado de empreendedorismo que entrou para a história desta cidade.