(Uma homenagem a Pedro Dantas Moreira e a extinta Praça das Borboletas em Vitória da Conquista – Bahia)
Caminhávamos juntos pela praça e eu segurava em sua mão.Em cada canto ele falava: fica ai! Pegava com carinho em meu rosto, um leve toque quase de dois dedos, levantava minha cabeça, sorria para mim e dizia olhe para ali! Indicava- me o lugar se afastava um pouco e uma luz se acendia.
Ele falava: essa foto vai fica ótima! E íamos à procura de outro lugar. Qualquer ângulo da praça dava para belas fotos.
Mais alguns passos e eu me sentia como pássaro aprendendo a voar e a olhar. E ele dizia,olhe ali… E com carinho ele escolhia a direção.
Eu ia contemplando a praça, o parque, a Biblioteca infantil, o zoológico, a cidade dos pássaros, a fonte luminosa com águas de todas as cores. O macaco Cazuza e Simão.
Segura em sua mão, me sentia dona da praça e do mundo, não tinha medo algum. A gente comia pipoca na praça, lambuzava o queixo de sorvete, melava os dedos com algodão doce, tudo era permitido.