Por Ezequiel Sena
Determinadas épocas notabilizam-se pelas atitudes revolucionárias dos seus jovens, são, portanto, períodos de mudanças que vem influenciando por décadas as novas gerações. Nunca é demais lembrar os anos 60, 70 e começo de 80 – mesmo contrapondo alguns estudiosos que garantem que a história humana nunca se escreveu em décadas e sim em séculos –, tenho cá minhas dúvidas, até porque foram anos de visíveis transformações e que merecem ser lembrados, não só pela quebra de conceitos e rebeldias, mas, principalmente, pela liberdade sexual das mulheres com o advento da pílula anticoncepcional, levando a romper paradigmas, modelar padrões e fazer o mundo enxergar valores jamais vistos. Sob o ponto de vista político foram eles ainda mais questionadores e inovadores em busca da liberdade de pensamento. Fatos incontestáveis. Tentar desmerecer isso é inadmissível; embora entenda que existe muito folclore a respeito, como um maldoso comentário feito dia desses na TV: – totalmente inconsistente e leviano –, notei mais desinformação do que conhecimento da história recente do nosso país, já que o mito e a realidade caminham juntos. Contudo, sem nenhum exagero, o que mais me impressiona é o ideal defendido por aquela geração perpetuando em nossas mentes até os dias de hoje.