A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) o Requerimento 91/2022 que pede a realização de uma audiência pública para debater sobre a versão da boneca Barbie transexual. O pedido partiu do deputado federal Otoni Moura de Paulo Júnior (PSC-RJ) que quer entender as implicações psicossociais em crianças em decorrência da versão inspirada em uma atriz e ativista LGBTQ+ chamada Laverne Cox. Para esta audiência, De Paula pede para que o presidente ou equivalente da Mattel do Brasil seja chamado, assim como algum membro do Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos. “A boneca Barbie com órgão reprodutor masculino, lançada recentemente nos EUA e com previsão comercial no Brasil no próximo mês, incorre num liberalismo teratológico que servirá para confundir as crianças sobre a natureza dos gêneros masculino-feminino, pois mulheres e homens são diferenciados pela própria natureza”, diz o parlamentar evangélico. Na visão do deputado, as crianças brasileiras já são expostas à erotização e as bonecas trans “adicionam mais um componente a essa realidade”. Otoni ainda apresenta na justificativa a fala da ativista pró-família Giuliana Caccia, diretora de Origen, Vanguardia e Cambio Cultural que diz: “todo este tipo de ações como esta Barbie ou o uso de brinquedos para promover uma causa política é um sistema conhecido e também perverso”.

O senador Flávio Nantes Bolsonaro (PL-RJ) disse à Justiça que também usou o dinheiro que ganhou como advogado para financiar a mansão avaliada em R$ 6 milhões que comprou em uma área nobre de Brasília, no ano passado. A informação é do jornal Folha de São Paulo e foi confirmada pela Globo News na quarta-feira (1). A defesa do senador não lista no documento onde seria a atuação de Flávio Bolsonaro como advogado. Embora seja inscrito como advogado em Brasília e no Rio de Janeiro, não é possível localizar processos relacionados à atuação do político na área. Antes, o senador disse que teria usado os rendimentos de uma loja de chocolates como empreendedor. Flávio Bolsonaro também disse que teria usado o dinheiro da venda de um apartamento. No entanto, na época, não era possível encontrar o registro do imóvel indicado pelo político, como também parte da origem da compra da residência. Ele teria dado uma entrada de R$ 3 milhões e financiado o restante com um banco público do Distrito Federal. A Globo News entrou em contato com o senador para um posicionamento atualizado sobre o caso. A nota disse apenas que as explicações que Flávio Bolsonaro precisa dar foram entregues à Justiça.