Latino-americana, brasileira, baiana, nascida em Vitória da Conquista e renascida em Jequié, Ana Barroso lança sua arte ao mundo. Amparado pela música brasileira com um elo entre o original e a tradição, o seu álbum autoral “Cisco no Olho” já está em todas as plataformas digitais. Em suas referências, Ana passeia desde as cantoras do rádio até o cancioneiro popular de sua região. “Cisco no Olho” às vezes revela uma desculpa para disfarçar um choro, uma emoção, um arrebatamento. Ana parte desse esconderijo para, com sua música, sugerir uma busca pela liberdade. “Quero dizer pra gente tirar o cisco e chorar. O choro alivia, reorganiza. É preciso ganhar algum tipo de impulso para recomeçar todos os dias”, explica.
O impulso que a artista sugere aparece no disco em forma de canções que tanto falam de amor, quanto de política, e apresentam uma sonoridade diversa, melancólica e dançante, regional e universal. “Todas as canções do disco, mesmo as mais divertidas, tratam sobre algum tipo de cisco. Aquele incômodo insistente, como são os desamores ou esse desgoverno…”, pontua. Para contar essa história, Ana teve a ajuda do produtor musical Sebastian Notini (Seba), que já a acompanhava em apresentações. “Ele já tocava comigo as músicas mais rítmicas, que acessam a cultura de longa tradição nordestina, mas quando ouviu ‘Gotejo’ e ‘Inclusive eu’ (presentes no álbum) abriu um novo olhar. >>>>>