O Sociólogo Durval Lemos Menezes
Por Luís Fernandes
Durval Lemos Menezes nasceu no distrito de Iguá (antigo Angicos), no dia 18 de dezembro de 1941. Filho de Dante Menezes, sobrinho de Erathósthenes Menezes e neto do professor Abdias Menezes, cursou o ensino fundamental em Vitória da Conquista e o ensino médio na cidade do Rio de Janeiro. Em 1964 foi aprovado para o curso de Jornalismo da Universidade Federal do Brasil, mas só cursou o 1º ano, pois a ditadura militar acabou com o curso, alegando apologia ao comunismo. Mas Durval acabou graduando-se em Ciências Sociais pela Universidade do Norte Mineiro e especializou-se em Sociologia. Tem extensão universitária ainda em Geografia.
O menino Durval, ao lado de seu pai Dante Menezes (o da extrema esquerda), depois de uma caçada na “Fazenda Graciosa” (Zona da Mata) em 1953. Os demais são: Pompeu (junto do menino), o motorista de Dante, Moraes (no centro), chefe dos Correios em Conquista, Nenem Bracinho (o 3º da direita para a esquerda), irmão do jornalista Aníbal Viana, José, o cozinheiro, e Elísio (o da extrema direita), apontado como o responsável pela explosão da “Rural” de Ismênio na Praça da República nos anos 60.
Depois retornou a Conquista e foi professor em quase todas as grandes escolas antigas da cidade: Sacramentinas, Batista Conquistense, Diocesano, São Tarcísio e Juvêncio Terra, além do Centro Integrado de Educação Navarro de Brito (CIENB), do qual foi um dos seus melhores diretores. Exerceu o magistério por 35 anos e, durante esse período, foi ainda Secretário de Educação do Município na gestão do prefeito Nilton Gonçalves. Como secretário foi um dos responsáveis pela criação da “Casa do Estudante de Vitória da Conquista” em Salvador e elaborou, juntamente com Jesiel Norberto, a proposta para a criação da Faculdade de Formação de Professores de Vitória da Conquista, embrião da Uesb. Antes de aposentar, exerceu o cargo de gerente da Direc-20 (20ª Diretoria Regional de Educação de Vitória da Conquista), durante 10 meses entres os anos de 1995 e 1996, onde “revolucionou” o método de gerir um órgão de governo.
Durval em Copacabana (Rio de Janeiro) no ano de 1964. Ao lado de uma DKV, o jovem estudante cursava nesta época o 1º ano de Jornalismo na Universidade Federal do Brasil. Era seu colega o escritor Carlos Heitor Cony. Seria a 1ª turma daquela faculdade se os militares não a tivessem fechado.