Fotos: Blog do Anderson
Estudantes de Medicina na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) campi de Vitória da Conquista e Jequié, paralisados há quinze dias, saíram novamente às ruas da Capital do Sudoeste Baiano em protesto por melhorias no curso, na manhã desta terça-feira (2). Com faixas e cartazes, os universitários protestaram pela morosidade no diálogo com as autoridades e criticam pelo menos quatro nomes de peso na política baiana: o governador Jaques Wagner, o secretário estadual de Saúde Jorge Solla e os deputados estaduais Euclides Fernandes (PDT) e Leur Lomanto Junior (PMDD), que os denominam como pais do curso da Cidade Sol.
“Fizeram discurso se comprometendo com o curso que hoje está ai mal mal caminhando até o terceiro ano”, disparou Davi Koury, um dos líderes do movimento estudantil em entrevista ao Blog do Anderson. O causador dessa movimentação é a falta de professores para o curso de Jequié, que por um baixo salário, em torno de R$ 1.900, muitos docentes estão correndo da UESB. Numa tentativa de atrair os mestres, estudantes saíram à procura em várias cidades circunvizinhas de Jequié, mas não tiveram muito êxito. De acordo com Davi, tanto ele como os seus colegas estão comprometidos a dedicarem uma parte do seu tempo à manutenção do ensino logo após suas formações.
“A gente tem muitos professores aqui que trabalham na UESB e em clínicas particulares e as vezes até em atendimento público. Eu tenho essa proposta, vários colegas aqui tem essa proposta de dedicar uma parte do tempo à manutenção da qualidade da universidade que nos formou”, declarou. Para ampliar o debate, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) realiza uma audiência pública na noite desta quinta-feira (4). Em recente entrevista ao Blog do Anderson, o reitor Paulo Roberto Pinto afirmou que vem buscando medidas para solucionar o problema nas duas unidades do Sudoeste Baiano. Maiores detalhes serão passadas numa entrevista à imprensa ainda nesta semana.