O velho Aristóteles afirmou que o todo é maior do que a soma das partes. Não sei o que ele queria dizer com isso em Matemática, mas, no campo da ciência jurídica, penso que se refere à situação da OAB, que é maior do que a soma dos seus integrantes. Transformada na última trincheira da liberdade, tornou-se o escudo dos oprimidos e ardorosa defensora dos direitos humanos, do Estado Democrático de Direito e dos valores constitucionais. A sensação de pertencimento à cidadania que a OAB oferece ao povo brasileiro destaca-se em todo o mundo, pois o seu diferencial é estar na Carta Magna como sua guardiã — uma promessa repetida tantas vezes, seja na colação de grau, seja por ocasião do recebimento da carteira de identificação profissional. Confira a íntegra.
Foi assim, em um almoço de domingo, Camila chegou por último com Miguel e disse: nós três estamos como fome. Houve um silêncio interrogativo; duas pessoas não são três. De repente tudo se fez claro. Todos ouvimos os acordes: Tchan-tchan-tchan-tchan/tchan-tchan-tchan-tchan. Um clima de mistério Beetoweniano cortou o silêncio e logo entendemos que Melissa estava a caminho. Entre gritos e sussurros, as manifestações da família se faziam ouvir por todos. O restaurante, ali, no bosque da paquera, tornara-se uma referência histórica com o anúncio de uma vida que estava chegando. Os demais presentes nos olharam curiosos, sem entender o que estava ocorrendo, mas sabiam que era um momento de alegria. Ali criava-se a memória das primeiras notícias sobre Melissa. Era uma notícia musicada, divulgada depois de confirmada a veracidade da fonte informadora. Continue a leitura da Crônica de Jorge Maia.
O imaginário de um povo e a preservação da sua memória são patrimônios imateriais detentores de uma riqueza que faz a diferença entre os povos mais humanizados. O imaginário sustenta as fantasias e a esperança. A memória faz repetir as boas lembranças e o aprendizado que procura não repetir os erros. A água do Poço Escuro me remete ao imaginário. A lenda criada sobre o seu poder de fazer retornar a Conquista a todos aqueles que dela beberam. É comum reencontramos alguém que mudando-se daqui, retorna. Então falamos: quem bebeu água do Poço Escuro retorna sempre. É motivo de riso e de início de uma boa conversa que resulta da ativação da memória, falando dos tempos idos, lembranças que não se perderam, pois escondidas em algum lugar da nossa cabeça, retornam sempre que provocadas. Continue a leitura.
Eu era menino, e não faz muito tempo, e conheci as duas Conquistinhas. Era como se fossem uma vila formada por duas ruas, dentro da nossa cidade. Um lugar tranquilo, parecia uma colônia de pescadores, era assim que eu as via. O ar bucólico de um lugarejo esquecido pelo tempo, um enclave em Vitória da Conquista. Estou falando das ruas: Genésio Porto que nos leva do centro para o parque de exposições agropecuária, a Conquistinha de cima e da rua Guilhermino Novaes, a Conquistinha de baixo. Em outros tempos a meninada ia tomar banho no açude, atrás da Conquistinha de baixo e ao chegar em casa tomava uma surra do pai. O lugar era perigoso para a saúde e para a vida. Verminose era uma constante para quem ali entrasse, sem falar que algumas pessoas pescavam ali. Continue a leitura da crônica de Jorge Maia.
Os afetos que em nós habitam são construções do cotidiano, da nossa vivência e da nossa espiritualidade. Spinosa afirma que afeto é tudo que nos afeta, certamente querendo dizer que existem bons e maus afetos. Somos sempre alvos de bons afetos, maus afetos e até de desafetos. Mergulhados em torrentes de sentimentos de um mundo que se desumaniza, estamos sempre em busca de um afeto, um gesto amoroso que possa adocicar a vida. A canção de Chico: “Com açúcar, com afeto fiz seu doce predileto”, revela que a gustação não é suficiente para prender a pessoa querida, o doce açúcar recebe o afeto carinhoso da feitura do doce para revelar a necessidade da presença do bem amado. A delicadeza do afeto revela a sensibilidade da alma e a nossa posição no mundo. Continue a leitura da crônica de Jorge Maia.
Eu era menino, e não faz muito tempo, e atravessei a Praça Sá Barreto, Praça do Clube Social por diversas vezes. A cada domingo eu ia buscar água no poço escuro, acompanhando o meu pai. Eu vinha trazendo uma pequena vasilha de água, enquanto meu pai trazia duas latas d’agua em um “cambão”. Nós cruzávamos a praça em diagonal, partindo da esquina do “Tiro de Guerra” em direção ao Ginásio do Padre e em seguido tomávamos o rumo do poço escuro. A praça era enorme e tinha o somatório da área do Clube Social e área adjacente, reduzida com a construção do Clube Social, o qual funcionava antes em um salão enorme do antigo hotel albatroz, parece-me que era a garagem do hotel e ali eram realizados os bailes de carnaval. Continue a leitura.
Eu era menino, e não faz muito tempo, e nas minhas andanças pela cidade, menino sempre andava por aí, e não sei porque razões eu costumava passar pela Rua dos “Eucalipes”. Talvez para mudar o roteiro em direção ao centro da cidade. O nome da rua era por conta dos eucaliptos ali plantados. Os mais velhos afirmavam que a área era um tanto pantanosa e o plantio dos eucaliptos era para secar o local, pois se tratava de uma área pantanosa e o eucalipto era apropriado para sugar a água e secar a terra. Era a lenda que corria, não sei qual é a verdade sobre isso. A Rua dos “Eucalipes” está situada na parte de baixa da rua Dois de Julho e o mais curioso é que não é uma rua, mas sim uma praça, conhecida como Praça Vitor Brito. Ali moravam famílias ilustre da cidade, por exemplo a família Ferraz, o nosso colega Cassiano Ferraz, já falecido. Há muito deixou de ser residencial e tornou-se novo Centro de Comércio seguindo a tendência das ruas adjacentes: Dois de Julho e Lauro de Freitas, fronteira das antigas “Baixa da Égua” e “Mamoneiras”. Confira a íntegra da nova crônica de Jorge Maia.
Eu era menino, e não faz muito tempo, quando cheguei de Aracatu para morar em Conquista. Fui morar inicialmente no Bairro do Alto Maron. Morei em duas casas naquele bairro. Estudei em escola que funcionava no local em que depois foi transformada em Delegacia e cadeia pública, na praça Sá Barreto. Isso me chocou, já adulto, ver um prédio escolar ser transformado em cadeia. Inicialmente morei na rua Oito de Maio, em seguida na rua Joaquim Fróes, bem próximas. Eu ia buscar leite na rua Dois de Janeiro, na casa de Dona Julieta e Erotildes, vinhos da até à praça do Alton Maron. Para uma criança era um lugar muito extenso. A praça era uma enormidade. Não havia mão, nem contramão e toda a praça era passagem para gente e carro. Sem calçamento, sem jardim e sem bancos para sentar. Leia na íntegra.
Eu era menino, e não faz muito tempo, morava na rua Barra do Choça, hoje Rua Leonídio Oliveira. Não havia calçamento e nem asfalto. A água da chuva trazia muita areia o que tornava o nosso campo de futebol muito pesado para correr com a bola. Era um tempo de inocência e não tínhamos boletos para pagar. A Receita Federal não sabia da nossa existência e o único investimento que fazia era o lançamento de olhares insinuantes, com poucos resultados, para as meninas da escola. Confira a nova crônica de Jorge Maia.
Querido Jorge Maia, posso chama-lo de querido? Sempre pergunto, isso é para evitar algum ciúme, algumas pessoas pensam errado a meu respeito. Talvez seja por conta do meu nome, Maria Periguete, mas nada a ver. Tenho uma paixão por um amigo seu que mora na Noruega e não consigo amar a mais ninguém. Desde o início da pandemia que estou reclusa e em meditação, me alimento de gafanhoto e mel, e não aguento mais. Certo é que tenho desenvolvido uma tendencia sensitiva e confirmei isso nesta semana; algo me dizia que Francis estava chegando. Aconteceu quando um avião cruzando os céus da Beócia, já sobrevoando os alpes da Suíça Baiana, Serra do Peri-Peri, conhecida popularmente como Serra do Pripiri. Leia na íntegra.
A música de João Bosco e Aldir Blanc, O Rancho da Goiabada, é mais que uma música. É um compêndio de Sociologia, Política e Antropologia cultural. O mais breve resumo de um momento crucial da injustiça social. É preciso ser gênio para, em tão pouco espaço cultural, conseguir estabelecer uma narrativa orgânica de uma realidade em que as ciências sociais se entrelaçam para explicar uma realidade humana, sem se perderem no papel que cumpre a cada uma delas. Confira a crônica do professor Jorge Maia.
Pessoas há que não vão a um evento sob a alegação de não ter uma roupa para ir. O simples exame dos seu guarda-roupa seria suficiente para encontrar uma profusão de roupas variadas, o que tornaria difícil a escolha: “com que roupa eu vou?” Houve um tempo que não era assim. Todos tinham uma roupa específica para sair; ir ao médico, ir votar, ao cinema, ao velório, à missa ou ao culto. Era uma roupa só. Digo, era a mesma muda de roupa. Polivalente e identificada por todos como sendo a domingueira. Identificada por todos os conhecidos e amigos. Era a roupa de luxo para ocasiões especiais. Vesti-la em dia comum era motivo para chamar a atenção de vizinhança que perguntava logo: o que houve? Vai para onde? Não trazia etiqueta, era produzida pelo alfaiate da esquina ou pela modista do bairro. Tudo muito simples, sem esconder a vaidade de quem exibia a sua domingueira, assim chamada por ser a roupa de uso a cada domingo e denunciava a vida social de cada um em seu dia especial ou da sua ida a um lugar que exigia maior cuidado com a aparência. Leia a crônica na íntegra.
As manhãs e as tardes de domingo são diferentes de todas as demais manhãs e tardes. Há um fascínio cativante que leva poetas e cantores a ver arte e vida no encantamento do domingo. As velhas tardes de domingo do Roberto e a tragédia baiana de Domingo no parque de Gil retratam as condições do que só poderia acontecer em um domingo. E Tim Maia e Gal Costa cantando a canção de “vendo a vida acontecer como um dia de domingo” de Michael Sullivan e Paulo Massadas. Tudo isso dá uma saudade dos domingos que, poéticos ou trágicos marcam o nosso imaginário. Há duas canções de Zucchero que tratam do domingo: Domenica e Il Suono Della Domenica, cujas letras tratam do dia de domingo. O domingo sempre será um dia especial. É um portal de esperança, alegria e possui um ar de sagrado. Confira a crônica de Jorge Maia.
O professor Jorge Maia, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Vitória da Conquista e um dos ícones da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), será agraciado com Moção de Aplauso pela Câmara Municipal de Vitória da Conquista. A honraria será concedida pelos vereadores Hermínio Oliveira Neto (PPS) e Nildma Ribeiro Lima (PCdoB) pelo destaque conquistado por Jorge Maia na Educação, Advocacia e também na Literatura como colunista do BLOG DO ANDERSON.
“Jorge Maia é um dos maiores baluartes não só da Bahia, mas de todo o Brasil. Trata-se de um homem íntegro, competente, ético. É um orgulho para a OAB e para nós termos ele como amigo. Ele também representa uma figura humana, um amigo e um pai extraordinário. Então essa homenagem da Câmara de Vereadores é muito merecida”, destacou o advogado Ubirajara Gondim de Brito Ávila ao BLOG DO ANDERSON. O anuncio da Moção de Aplauso aconteceu na manhã desta quinta-feira (26), durante a inauguração do Boulevard Shopping Vitória da Conquista pegando Jorge Maia de surpresa.
O candidato Ubirajara Ávila, conhecido como Birinha, da chapa “Somos OAB” recebeu no início da manhã dessa sexta-feira (30) o importante apoio do conceituado advogado Jorge Maia, que se posiciona pela primeira vez na campanha. O apoio de Jorge Maia representa uma tendência maciça de outros advogados, tendo em vista o quão querido e respeitado é Maia. “O colega Ubirajara Gondim de Brito Ávila tem se destacado no exercício do mandato de Conselheiro Estadual da OAB- BA, e sua atuação revela um entusiasmo sem igual para aquela missão. O seu trabalho tem chamado a atenção dos colegas, atuando no campo do atendimento das prerrogativas do advogado e no atendimento das questões individuais de colegas que necessitam de amparo, dentre outros”, disse Maia. Ele lembra que Bira é filho de Ubirajara Gondim Ávila, “de quem tive a honra de ser vice-presidente da Subseção da OAB de Vitória da Conquista”. Maia finaliza de forma empolgada: “Sua candidatura à presidência da nossa Subsecção é uma promessa de uma advocacia livre das amarras e dos nôs do Poder Judiciário que tanto engessam o trabalho do advogado. Avante Birinha, estamos juntos nesta campanha!”.
O Festival de Inverno Bahia chegou à sua segunda noite neste sábado (24). A Festa promoveu uma programação marcada pela variedade de ritmos, tanto no palco principal quanto nos espaços alternativos. Nomes como Menos é Mais, Samuel Rosa, Maiara e Maraísa, Filhos de Jorge, Felipe Poeta e O Kannalha se apresentaram no Parque de Exposições Teopompo de Almeida, em Vitória da Conquista. O pop de Samuel Rosa abriu a noite no palco principal. O artista mineiro fez sua primeira apresentação solo no FIB. O repertório foi marcado por músicas da carreira solo, como a canção “Segue o Jogo”, e clássicos imortalizados pelo cantor à frente da banda Skank.
As músicas “Dois Rios”, “Vou Deixar”, “Balada do amor inabalável” embalaram o show. Em seguida, o pagode do Menos é Mais assumiu o comando do palco principal. O grupo brasiliense, formado por Duzão, Gustavo Góes, Paulinho Félix e Ramon Alvarenga, apresentou músicas autorais e regravações, como o medley “Melhor eu Ir” e conta com mais de 915 milhões de visualizações no YouTube. O feminejo também teve destaque. As irmãs Maiara e Maraísa estrearam no Festival e atraíram a atenção do grande público com um repertório formado por clássicos da carreira. .
“Medo Bobo”, “Nem Tchum”, “10%” e “Sorte que cê beija bem”. Completando a mistura de ritmos, Filhos de Jorge espantaram de vez o frio com sucessos como “Vai Que Cola”, “Xuxu”, “Ziriguidum” e “Saudade de Você”.
Um dos maiores nomes da nova cena da música produzida na Bahia, o grupo foi a atração escolhida pelo público para estar no line up do evento deste ano, através das redes sociais do Festiva. Eles conquistaram 52% dos votos. A variedade também marcou a programação da Arena da Música by Coca-Cola Food Fest. O Kannalha lotou o espaço e se tornou o primeiro artista a levar o pagodão baiano para o Festival. “Para mim é uma honra”, disse o cantor Danrlei Orrico durante coletiva de imprensa. Nomes como Forró Temperado, Essencial Hit, Jô Almeida e Jeanna Lopes também se apresentaram no palco.
Um dos espaços mais disputados do Festival, o Camarote FIB contou com apresentações do DJ Felipe Poeta e da cantora Jô Almeida, que é natural de Vitória da Conquista. Além dos shows exclusivos, o público pode desfrutar de outras comodidades no espaço, como áreas para descanso, acesso à frente do palco e área de alimentação com restaurantes. A 18ª edição do Festival de Inverno Baiana encerra neste domingo (25) com shows de Ana Castela, Jão e Seu Jorge no palco principal. Pedro Pondé, Rony Barbosa, Du Nosso Jeito e Jeanne Lima se apresentam na Arena da Música by Coca-Cola Food Fest. Os portões serão abertos mais cedo, às 18 horas.
Querido Jorge Maia, posso chamá-lo de querido? Acho que sim, não vejo nada demais nisso. Antes, quero falar sobre Maria Periguete. Ela anda meio macambúzia, na verdade, depressiva, não consegue esquecer o amor perdido e vez por outra eu a encontro com o olhar perdido em direção a Noruega, e cantando: Eu não presto, mas eu te amo, eu não presto mas eu te amo, antigo sucesso de Roberto Carlos. Tento acalmá-la, mas sem sucesso. >>>>>
Beócia 30 de fevereiro de um ano qualquer. Querido Jorge Maia, posso chama-lo de querido? Há tanto tempo não nos falamos que uma intimidade dessa pode parecer um assédio e quero evitar interpretações maldosas, sobretudo por causa de Francis, que embora não revele, morre de ciúmes. Não sei porquê, pois nem quer saber de mim. Depois da minha viagem para pela Europa, quando fiz várias palestras sobre “O Fenômeno das Periguetes e a Crise nas Famílias” retornei para a Beócia. Mantive-me em silêncio. Uma leve depressão tomou conta da minha alma e isso sempre acontece quando me lembro de uma manhã fria em Oslo. Leia na íntegra.