Jorge Maia
Não há glamour na máfia. A música adocicada do “Poderoso Chefão” ( Parla più piano e nessuno sentirà) nos transporta para um romantismo piegas e com tendência a simpatia para com a família Corleone. Claro, o trabalho de Mário Puzzo sob os holofotes de Coppola é do ponto de vista da sétima arte belíssimo, Não há como não se encantar com aquelas cenas e com aqueles diálogos.
A máfia é brutal e sem noção de valores, confirmando a regra que os fins justificam os meios, no pior sentido que possamos atribuir a tal expressão. Por essa razão, chamar alguém de mafioso, brincando, pode ter algum sentido de humor, mas uma simples reflexão nos conduz a evitar tal hábito, pois, não devemos banalizar com gestos simpáticos aqueles que geram a dor profunda causada por sua violência e por sua capacidade de corrupção.