Por Benjamin Nunes Pereira
O dia 28 de agosto é o dia do bancário, então os bancários de todo o país estarão relembrando a data, que surgiu no calendário por meio de uma grande luta travada, quando em uma assembléia histórica realizada em 28 de agosto de 1951 há cinquenta e nove anos com uma maioria expressiva da categoria, o sindicato de São Paulo decretou greve por considerar o percentual oferecido na época uma bagatela. Os bancários foram à luta na busca de reivindicações e um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço.
Bem antes da greve, várias foram as tentativas de negociações com os banqueiros que não acataram, pressionando para que houvesse conciliação no Tribunal Regional do Trabalho. Os bancários não aceitaram o dissídio coletivo e fizeram uma paralisação simbólica de um minuto nas agências de São Paulo no dia 12 de julho de 1951 e outra de três minutos em 02 de agosto do mesmo ano. Ficou evidente a dificuldade de unificar nacionalmente o movimento, pois em quase todos os sindicatos da categoria era marcante a presença de ex-interventores. A contraproposta dos banqueiros foi ridícula: além de excluir o salário profissional e o adicional por tempo de serviço, o reajuste seria baseado nos índices oficiais do custo de vida.