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As eleições para a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vitória da Conquista deu o que falar. Após quase dois anos de negociações, o vereador Andreson Ribeiro Alves (PCdoB) abriu mão do seu nome para eleger Gilzete da Silva Moreira (PSB). Com apoio do prefeito Guilherme Menezes de Andrade, a vereadora Irma Lemos dos Santos Andrade (PTB) acabou desistindo da disputa após a perda de apoios, mas os seus sete escudeiros acabaram votando não, deixando 14 votos em favor do socialista. Ao meio desse imbróglio surge um prefeito do Sudoeste Baiano que teve a ousadia em ligar para o deputado federal Arthur Maia (SDD) numa tentativa frustrada de mudar o voto de Hermínio Oliveira Neto (SDD). Segundo Hermínio, o deputado lhe “deu toda a liberdade de decidir”. Ainda sem entender o real motivo da fragilizada articulação, Hermínio acredita que “tenha sido por decisão dele lá”. “Algum desejo por Dona Irma e aí a gente optou por Gilzete”, afirmou ao Blog do Anderson na última segunda-feira (29). Com Gilzete na Presidência, a nova Mesa Diretora conta com Juvêncio Gonçalves Amaral (PV), como vice-presidente; Edjaime Rosa Carvalho (PSDB), segundo vice-presidente; Nelson Vieira Santos (PCdoB), primeiro secretário; Hermínio Oliveira Neto (SDD), segundo secretário.

A ideia de que o prefeito Guilherme Menezes sofreu uma derrota política no processo de eleições da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vitória da Conquista ganha cada vez mais força. Todos os vereadores, até mesmo os da base aliada, reclamam que o alcaide não dá a devida atenção aos parlamentares municipais, por isso a revolta de sua base que elegeu Gilzete da Silva Moreira, do PSB como presidente do Legislativo. A candidata do prefeito, Irma Lemos dos Santos Andrade (PTB, não pode nem lançar a chapa para disputa. Em conversa com o Blog do Anderson, nesta quarta-feira (24), o vereador Sidney Benedito de Oliveira (PRB), que faz parte do ‘Bloco: PCdoB, PRB e SDD’ liderado pelo deputado estadual Jean Fabrício Falcão (PCdoB), reclamou da distância entre o Executivo e os vereadores, afirmando que foi por causa desse distanciamento que não foi possível fazer uma chapa de consenso. “O resultado da eleição para presidente da Câmara foi um reflexo da falta de diálogo”, afirmou. Segundo o parlamentar, “há uma grande distância entre o prefeito e os vereadores”. “Não fazendo uma crítica ao prefeito Guilherme, mas faltou nesses dois anos uma aproximação do Executivo com o Legislativo e o resultado vimos na eleição para presidente da Câmara. Não só PRB, acho que com exceção os partidos que tinham dentro do secretariado e algumas coordenações os outros partidos não conseguiram nada”, completou. O voto de Sidney Oliveira foi um dos 14 que elegeram Gilzete como presidente da Casa Legisladora para o próximo biênio.