Ruy Medeiros | retirando o pão

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros | advogado e historiador

Difícil, mas possível, continuar olhando olhos que choraram recentemente que a qualquer momento podem desabar em lágrimas, não importa onde estejam. Que fazer com a prestação de cartão de crédito, com as contas de água e energia, parcelas do IPTU, feira, …, e pão. De repente tudo desaparece e qualquer sonho é inviável. É um despencar sem fim diante do sofrimento antevisto no dia do amanhã.  Os filhos, a mãe idosa, a feira que já consumia quase tudo e que não poderá ser feita dentro de poucos dias. Você já esteve desempregado? Avalie o sofrimento de não poder comprar o pão, o remédio, o transporte. Os colegas olham nos olhos de choro e não entendem como tudo que era pobre, é certo, mas que dava alguma segurança, se transforma em abismo. Leia a íntegra.

Ruy Medeiros | ó quão dessemelhante

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros | advogado e historiador

Lembro-me dos colegas que antes de mim presidiram a subseção de Vitória da Conquista da OAB com respeito e simpatia. Dois deles já foram consumidos pelo tempo de viver: Coriolano Sousa Sales e Rinaldo Luz Carvalho. Ambos meus colegas do curso de Direito da UFBA até que a ditadura militar dele me expulsasse. Os primeiros presidentes foram Coriolano Sousa Sales (dois mandatos), Eliezé Bispo Santos, Rinaldo Luz Carvalho e Uady Barbosa Bulos. Eles desempenharam o cargo presidencial com dedicação, destemor e produtividade. Em seu tempo era difícil manter a OAB/V. Conquista com os parcos recursos a ela destinados e com os poucos advogados de sua circunscrição. Mas ela foi mantida honrosamente. Confira a integra.

Ruy Medeiros | há 40 anos, quando os jovens eram jovens

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros | advogado e historiador

A Luciano Melo, in memoriam

Não se deve esquecer. Há quarenta anos aconteceu, em Vitória da Conquista, um dos maiores eventos estudantis do Brasil.  Foi o quinto Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE (V CONEB), que tomou o nome de CONEB Luciano Melo. Já em 25 de junho de 1984, a Tribuna da Bahia informava: “Vitória da Conquista – congresso estudantil confirmado para julho. Vitória da Conquista será palco, no final do mês de julho do Congresso dos Conselhos Estaduais de Estudantes do Brasil. Na oportunidade se reunirão nessa cidade mais de mil estudantes vindos de todos os estados brasileiros que aqui discutirão questões relacionadas com a organização do próximo congresso da UNE – União Nacional dos Estudantes”. A nota segue com outras informações. Leia a íntegra.

Ruy Medeiros | com toda alegria

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros | advogado e historiador

A representação de uma classe ou categoria de pessoas impõe um agir que muitíssimas vezes vai além de interesses dos representados individualmente considerados. Há interesses coletivos geralmente vinculados à sociedade toda. É o caso evidente da representação no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Além da defesa individual e coletiva do profissional advogado, a OAB estende a finalidade de sua existência para abranger a defesa da Constituição, ordem jurídica do Estado democrático de direito, direitos humanos, justiça social, boa aplicação das leis…, na forma do artigo 44, I, da Lei 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil). Essa finalidade impõe, para quem conscientemente quer exercer cargo de representação da/na OAB, militância junto à sociedade. A defesa de tais direitos tem inequívoco conteúdo político, pois importa em luta para influenciar ou conformar a vontade do Estado, aquilo que muitos preferem denominar de luta cidadã. Quem a promove com a finalidade mencionada nada mais faz que: aplicar o estatuto da OAB, agir legitimamente, ter consciência de seu dever perante os advogados, aos quais interessa a ordem democrática para o bom exercício da profissão, e a todos, pois são dotados de direitos humanos e sociais, inclusive interesses coletivos e difusos, pois os advogados também atuam na defesa desses direitos e interesses e lhes importa a liberdade, sem a qual o exercício da profissão vira farsa. Confira a íntegra desse novo artigo do doutor Ruy Medeiros.

Ruy Medeiros | Gildásio Pereira Castro, aliás Castro Guerra

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros | advogado e historiador

para Rosinha

Completaria 89 anos, no próximo mês, Gildásio Pereira Castro, que faleceu em 23 deste mês de agosto de 2024. Gildásio Pereira Castro, que assinava seus livros com o nome Castro Guerra, nasceu, em 6 de setembro de 1935, em Urandi, Bahia, quase Minas, filho de João Pereira Castro e Rita de Castro Guerra. Em Caetité, realizou seu curso primário, na tradicional Escola Normal, em Salvador, concluiu suas etapas secundário e médio. Seu curso de Direito foi iniciado e concluído na Faculdade de Direito Cândido Mendes, Rio de Janeiro, onde foi editor do jornal acadêmico Jus e presidiu o partido estudantil União Renovadora. Advogou com êxito em todo o sertão da Bahia, especialmente em Licínio de Almeida, Caculé, Jacaraci, Condeúba, Brumado, Livramento e Rio de Contas. Resolveu ser Juiz de Direito e, com o preparo que possuía, inscreveu-se em concurso e obteve o primeiro lugar entre muitos concorrentes e, nomeado juiz, serviu nas comarcas de Mutuípe, Abaíra, Livramento do Brumado, Vitória da Conquista, Jequié e Itabuna, tendo feito substituição em outras comarcas ao tempo de juiz titular em comarca em que estava provido. Confira o artigo na íntegra.

Ruy Medeiros | a Conquistense do Araguaia

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros | advogado e historiador

Setenta e cinco anos é a idade que ela teria nesse 22 de março. A morte a ceifou, presa e indefesa, em 1974. Falo de Dinaelza Santana Coqueiro, nome de casada, nascida no lugar São Sebastião (Cachorros), distante uns vinte kilômetros da cidade de Vitória da Conquista, Bahia. Sua mãe, Junilia Soares Santana, integrava família (Soares), que explorava imóvel rural na região do Distrito de José Gonçalves. Seu pai, Antonio Pereira de Santana, fixou a família em Jequié, Bahia. Conheci Dinaelza Soares, na década de 1960, na agitada Salvador de movimentos estudantis. Estava para cursar geografia. Elas e outros estudantes chegaram a frequentar círculo no qual eu ministrava conversas sobre História. Confira a manifestação do Doutor Ruy Medeiros.

Anel Rodoviário de Vitória da Conquista | Ruy Medeiros contrário a viaduto com acesso pela Avenida Olívia Flores

Foto: BLOG DO ANDERSON

Em placas a Via Bahia Concessionária de Rodovias expõe o projeto de cinco viadutos no Anel Rodoviário Jadiel Vieira Matos, entre eles está um acesso pala Avenida Olívia Flores. Não tem prazo para ser construído, mas no local é possível observar a demarcação da área, onde existe uma edificação sobre o Anel. Ao BLOG DO ANDERSON o secretário municipal de Infraestrutura Urbana Jackson Apolinário Yoshiura descartou a intervenção, porém o advogado e historiador Ruy Hermann Araújo Medeiros, que trouxe o assunto à tona, faz uma convocação à Câmara Municipal de Vitória da Conquista para que possa fazer valer o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), pois caso o projeto seja concretizado a Avenida Olívia Flores deixará de ser o que propõe o arquiteto e urbanista dinamarquês Jan Gehl em seu livro Cidade para Pessoas, onde apresenta suas ideias sobre como tornar as cidades mais humanas, sustentáveis e agradáveis para as pessoas que nelas vivem. Ao meio dia desta quinta-feira (7) o BLOG DO ANDERSON bateu um papo com o Doutor Ruy Medeiros, professor emérito da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), sobre esse assunto que merece muita a atenção da prefeita Ana Sheila Lemos Andrade e do Parlamento Conquistense, sob a presidência de Hermínio Oliveira Neto.

Ruy Medeiros | 183º aniversario de Vitória da Conquista

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros | advogado e historiador

Ano de 2023, são 183 anos contados da elevação do Distrito de Nossa Senhora da Vitória, emancipado da Vila de Santana do Príncipe de Caetité, por lei de 04 de maio de 1840. Mas, por ato oficial, o aniversário é fixado em 9 de novembro, porque, nessa data, no ano de 1840, foi instalada a Imperial Vila da Vitória, com a posse de sua Câmara de Vereadores que, na forma da Constituição do Império e de Lei de Imperial de 1828, exercia os poderes legislativos e executivo, restritos em verdade. De pequeno núcleo às margens do Riacho da Vitória (Rio Verruga) encoberto desde o final da década de 1960 pelo piso da Rua Ernesto Dantas, lentamente o povoado cresceu. Em 1817, já contava com quarenta casebres, coisa que corresponde a uma população de 240 pessoas. As edificações simples foram assentadas à margem do Riacho da Vitória (Rio Verruga), considerando o relevo, mais próximo ou mais distante (a testada das casas da atual Praça Virgílio Ferraz em distância entre 100 e 90 metros, já a testada das casas da parte baixa da atual Praça Barão do Rio Branco, em distância média de 30 metros, do Rio). Leia na íntegra o artigo de Ruy Medeiros.

Ruy Medeiros | Maria Mar

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

Em determinados momentos da história, a sensibilidade do escritor é despertada pela lembrança associada ao risco. É como se, na consciência do intelectual, um sinal de perigo o alertasse e ele então voltasse para a memória de sua sociedade para abrir o sinal vermelho do risco. Exemplo eloquente desse fenômeno literário – com grandeza – está em Arthur Miller. Quando o macartismo tomava conta dos Estados Unidos, com chantagens, censuras, interdições de direitos, prisões, expulsão de pessoas de seus empregos, processos etc, tudo sob falsa alegação de investigar atividades antiamericanas, a memória de Arthur Miller visitou o passado: numa comunidade de Massachusetts, em fins do Século XVII, dezenove pessoas foram julgadas e enforcadas. Continue a leitura do artigo do Doutor Ruy Medeiros.

Ruy Medeiros | há 105 anos, foi-se o último boêmio

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

Há escritores que são lidos bastante em seu tempo e continuam a ser lidos; outros são pouco lidos em seu tempo e, descobertos depois, são muitos lidos; finalmente há aqueles que, muito lidos em seu tempo, quase que caem completamente no esquecimento, sendo lembrados quase que somente em sua terra de origem. Emilio de Menezes está nessa última situação.  Nascido em Curitiba em 4 de julho de 1866, faleceu no Rio de Janeiro em 8 de junho de 1918. Em 1927, seus restos mortais foram trasladados para Curitiba, onde os esperava cortejo de milhares de pessoas, tal a admiração que ainda gozavam a vida e a obra do poeta, e foi sepultado no cemitério municipal da capital paranaense. Nessa tem busto de mármore na Praça Osório. Autor de várias obras, foi ele membro da Academia Brasileira de Letras. Vale lembrar que, por motivo de doença e em razão de a ABL exigir, por mais de uma vez alterações em seu discurso de posse (censura!), por entender não serem adequados atributos nele expendidos, demorou de ser empossado. Seu fardão de acadêmico foi-lhe presenteado pelo Governo do Paraná. Empossado, seu discurso de posse, com alterações, só foi publicado no ano de 1924. Continue a leitura do artido de Ruy Medeiros.

Ruy Medeiros | o postal

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

Gelci Gusmão, advogado que se notabilizou em defesas perante o júri, exibe-me um postal que retrata o Elevador Lacerda. No plano superior, vê-se parte do Palácio Rio Branco, então sede da governadoria estadual, e, presa à mureta vazada que dividia praça Tomé de Souza da encosta do elevador, uma publicidade, em círculo, que perdurou por décadas, do Laboratório Bayer (então o “jingle” dessa empresa dizia: “Se é Bayer é Bom”. Com isso não concordavam vários médicos judeus que acusavam-na de compactuar com o Governo Hitler, no entre-guerras (vide Olga Lengyel Os fornos de Hitler). Lembro-me bem do local. Pelo Elevador Lacerda, durante bom tempo, fui transportado da Praça Tomé de Souza para a Praça Cairu, vice-versa. Continue a leitura do artido de Ruy Medeiros.

Ruy Medeiros | a pergunta

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros 

Sou de 1947.

A primeira vez que ouvi a pergunta, devia ter 16 anos. Penso que a ouvi no Colégio Central da Bahia. Um colega – sempre imagino que foi um colega – falou: até hoje o mundo se pergunta como a Alemanha, nação mais civilizada do mundo à época, aceitou o nazismo. Então eu já tinha alguma informação sobre o que era aquele regime. A memória sobre a ditadura de Vargas estava presente na geração que a suportou ou que a combateu. Era uma geração dividida e muitos a comparavam à ditadura de Hitler, fazendo com que o nazismo fosse evocado juntamente com a memória do ditador brasileiro. Depois eu soube que os politicólogos as diferenciavam. Continue a leitura.

Ruy Medeiros | advogados e atos antidemocráticos

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

A presidente da OAB, Seção da Bahia, Daniela Borges, e os Conselheiros Federais dessa entidade, Luiz Viana Filho, Marilda Sampaio, Luiz Coutinho, Fabrício Castro, Mariana Oliveira e Silvia Cerqueira, provocaram o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil a fim de que esse reconheça que a participação ou incentivo a atos antidemocráticos como aqueles que ocorreram no dia 8 de janeiro, quando praticados por advogados, caracterizam ato inidôneo para fins de ética e disciplina profissional. Os atos de inidoneidade moral praticados por advogados, legalmente implicam em negativa de inscrição do bacharel ou cancelamento de sua inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, proibindo o exercício da profissão, na forma prevista no art. 34, XXVII combinado com o art. 38, II, ambos da Lei 8.906 de 4.07.94. A iniciativa da presidente e dos Conselheiros referida, uma vez adotada a pretensão pelo Conselho Federal da OAB, aumentará a convicção de muitos advogados de que a participação dos profissionais do direito em atos antidemocráticos já é efetivamente comportamento moralmente inidôneo, e espancará divergência quanto ao alcance, para o caso, do Estatuto da Advocacia e da OAB e do Código de Ética e Disciplina que rege a conduta do advogado. Leia o artigo do doutor Ruy Medeiros na íntegra.

Ruy Medeiros | almas alienadas e vivandeiras dos quartéis

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

Á beira dos estabelecimentos militares você vê automóveis, homens e mulheres enrolados na bandeira oficial do Brasil. Esses homens e mulheres autointitulam-se patriotas. Dizem expressamente que querem um governo de força: a intervenção militar. Bradam contra o resultado das eleições presidenciais, mas aceitam o resultado daqueles que, nos estados da União, elegeram governadores de extrema direita. Oportunistas. A bandeira cujas cores verde e amarela foram herdadas respectivamente da Casa de Bragança e da Casa d’Áustria, lembra aquela da qual o Poeta Castro Alves dizia que seria melhor tê-la visto rasgada na batalha de que servir a um povo de mortalha. É bom lembrar: Castro Alves revolta-se com a escravidão e com o fato de a bandeira auriverde haver sido hasteada no navio negreiro, tendo sido depois da Guerra fixada à lança dos heróis. Ele diz em versos de o Navio Negreiro:

Tu, que da liberdade após a Guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança,
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha.

Nem sabia o poeta que o auriverde pendão continuaria servindo de mortalha aos milhares que sucumbiram diante de pandemias, às vítimas da violência do Estado, especialmente jovens negros e pobres em geral, ao famintos aos desempregados. E à liberdade. Continue a leitura.

Ruy Medeiros | o relatório e as urnas

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

Não resta dúvida para muitos que um grupo de militares, sob influência do atual Presidente da República, desejou tutelar as eleições imediatamente passadas. Desejo de reeditar umas das tantas intervenções no governo da República? A resposta é sim para muitos e há chamado construído nesse sentido com aglomerações na porta dos quarteis e TGs. O grupo armado, via Ministério da Defesa, inicialmente entregou ao Presidente (depois disse que não) relato após primeiro turno eleitoral sobre a confiabilidade dos resultados eleitorais. Provocados pelo TSE, os responsáveis pelo relato disseram que o entregariam quando da verificação conjunta do 2º turno. Ontem à tarde entregaram o relato para concluir: não houve fraude, mas que é possível maliciosamente alterar o voto. Tiveram, com vários técnicos convidados a oportunidade de adentrar o âmago da urna eletrônica e fazer ensaios, inclusive de alteração do voto consignado pelo eleitor. Não conseguiram. Simularam situações, não conseguiram fraudar. Leia na íntegra.

Ruy Medeiros | o significado do 9 de Novembro

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

Os municípios costumam adotar critérios para fixar data comemorativa do inicio de sua existência. A maioria adota a data da lei de sua criação. Alguns preferem a data da criação de suas paróquias. Outros, a data da fixação local dos seus primeiros habitantes. Em caso de a sede municipal ser cidade planejada, prefere-se a data de sua inauguração. Vitória da Conquista optou pela data de sua instalação, que corresponde à posse da Câmara Municipal, composta de 7 Vereadores, como determinava a Lei Imperial de 1828, que regia composição, organização e competência das Câmaras Municipais. Leia a íntegra.

Ruy Medeiros | além dos números

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

A diferença de votos entre Lula e seu concorrente foi apertada, dizem e redizem, considerando diferença percentual de 1,8% de votos, que corresponde a 2.139.645 votos. Seria assim, se outras considerações não pudessem ser validamente feitas. Luís Inácio Lula da Silva, não faz muito tempo, era o político mais execrado do país, encontrava-se inelegível e era considerado alguém morto para eleições. Recupera-se e torna-se agente de uma frente eleitoral do qual participam políticos de peso. Contra ele acenou-se a criação de uma candidatura de centro, que o esmagasse. Considerando essa situação, não parece que os números devam ser analisados apenas como números que expressam uma diferença apertada. Elas expressam outra coisa: por detrás da diferença e de percentuais há a maior votação recebida por um candidato considerado pouco tempo antes um fósforo queimado. Por detrás dos números, há a realidade de um candidato que, apesar de mil obstáculos, ainda conseguiu vencer eleições com 60.345.999 votos. Confira o artigo na íntegra.

Ruy Medeiros | Eduardo Meira de Araújo

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Hermann Araújo Medeiros

Homenagem a Eduardo Meira é de sempre. A deste momento é diferente pelo tipo de sentimento: a perda. Ontem, Eduardo faleceu e foi sepultado. Os últimos dias foram-lhe penosos. O coração não resistiu. Eduardo Meira, filho de Mário Vieira de Araújo e Ramira Meira de Araújo, nasceu em 06 de novembro de 1954, por acaso em Ilhéus, pois a família é conquistense (lembro que um dos ascendentes é Almirante, aquele que se envolveu na disputa entre Meletes e Peduros). Militou nos movimentos sociais desde bem jovem. Esteve, ainda estudante, junto a jovens contestadores do regime militar, grupo que fazia circular uma folha mimeografada com o título “O Combatente”.

Participou da oposição sindical dos comerciários, foi um dos fundadores da CUT – Regional Sudoeste da Bahia, do Centro de Assessoramento em Trabalhos Sociais, de Labor Assessoria, ativo integrante da Oposição Operária, do Grupo Parp (Parto). Militou no PT, mas desse afastou-se. Junto a professores, desenvolveu trabalhos no sentido de dota-los de um outro sindicato. Era Eduardo Meira personalidade presente nos movimentos e manifestações populares. Espírito socialista, lúcido e inteligente, era muito querido. Formado em Geografia, era professor dessa ciência, na rede estadual. Deixa forte lembrança entre seus discentes. Para os seus, Sara, Hugo e Raquel, meu abraço forte. Seu Eduardo é exemplo de homem.

Ruy Medeiros | A Mestra não batia continência

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Medeiros

A mestra chamava-se Edvanda Teixeira. Ela envolveu-se de corpo e alma no trabalho de educação popular. Embora professora da rede pública de ensino e cumpridora de seus deveres de servidora pública, tirava a maior parte de seu tempo em atividades de Educação popular. É que gratuitamente ensinava, na periferia da cidade e na zona rural, a trabalhadores, jovens, donas de casa, desempregados.  Foi a grande educadora, na região, das Comunidades Eclesiais de Base. Seu ensino era problematizador e emancipatório. Todos os envolvidos participavam, a fala de todos era buscada e considerada. A visão crítica das coisas estabelecia-se no auditório e as diversas contribuições sobre o tema em pauta eram discutidas. A liberdade era cultivada. >>>> 

Ruy Medeiros | para além do analfabetismo funcional

Foto: BLOG DO ANDERSON

Ruy Hermann Araújo Medeiros

Há pessoas que sabem ler e escrever, mas não conseguem elaborar um texto ou compreender uma notícia escrita. Elas frequentaram escolas, sabem somar, multiplicar, subtrair, dividir e lêem e escrevem nomes, frases, talvez mesmo um bilhete, um endereço, ou algo simples. São os analfabetos funcionais ou secundários.  As sociedades atribuem a denominação de analfabeto funcional de acordo com suas exigências culturais. Umas exigem mais e outras exigem menos de seus alfabetizados. Leia o artigo na íntegra.