Jorge Maia: Nietzsche, Thor e Rita Pavone

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e sempre gostei de ouvir rádio, Era na Rádio Clube de Conquista que eu ouvia os sucessos da época. Na década de sessenta do século passado um daqueles sucessos era Rita Pavone. Uma voz espevitada cantando Datemi un martelo. Dançava o “hully gully”, uma espécie de “Twist” é a comparação que eu posso fazer. Na letra havia o pedido de um martelo, ela suplicava por um martelo e queria destruir tudo que a contrariava, uma reação típica de adolescente. Não sei se ela o conseguiu, mas que a música é animada não tenho dúvida. Muitas vezes a cantarolei, não sabia a sua tradução. Quem sabe eu seria um rebelde se eu soubesse italiano!. Leia a íntegra.

Jorge Maia: Temos um culpado

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Nós sempre estamos procurado um culpado. Na maioria das vezes estamos mais preocupados em encontrar um culpado do que dar solução a uma dificuldade surgida. Temos como exemplo a situação de Adão e Eva, os quais nos legaram uma culpa cuja pena, ainda hoje, alguns acreditam ser devedores. Recuso-me a pagar pelos pecados dos outros. A pena não pode ultrapassar a pessoa que cometeu o pecado. Mas, refiro-me a Adão, em especial, pois ele inaugurou a mania de buscar e apontar um culpado para justificar o erro ou fugir das suas responsabilidades. Leia a íntegra.

Jorge Maia: O Natal triste da Beócia

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Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer

Querido Jorge Maia, não compreendo o seu desligamento da Beócia, parece-me que tornou-se indiferente à nossa amizade. Nunca mais escreveu sobre a nossa terra. Aqui tudo são trevas, até o natal será menos iluminado, é o que penso. Estamos vivendo um momento que não sabemos qual é o pior: a permanência ou a saída, mas parece que não há saída. Leia a íntegra.

Jorge Maia: Pessoas invisíveis

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e fazia parte do meu imaginário a possibilidade de ser invisível. Coisa de menino, tal qual os demais pensava em ser invisível para poder ouvir as conversas das pessoas sem que elas percebessem. Fazia parte das possibilidades a chance de provocar sustos e outra brincadeiras sem ser descoberto. Tudo isso era normal e até salutar, pois compunha o tecido dos sonhos da meninice, o que nunca fez mal a ninguém. Leia a íntegra.

Jorge Maia: O pai nosso e o Direito das obrigações

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e aprendi a rezar o Pai Nosso com ênfase no trecho em que pedíamos perdão pelas nossas dívidas à medida que perdoávamos aos nosso devedores, ou seja havia uma proporção quanto ao perdão, o que eu não tinha a compreensão do que estava pedindo em troca da minha capacidade de perdoar. A vida nos conduz por caminhos que ensinam que viver é a capacidade de fazer dívidas, mas acho que viver bem, e em paz, é a capacidade de não contrair dívidas. É uma lição cara, poucos aprendem, apesar do custo emocional e do desgaste familiar e social. Leia a íntegra.

Jorge Maia: A arte de beliscar

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e me lembro dos momentos em que ao chegar em minha casa, vindo da escola, às vezes do futebol de rua, ou do trabalho em que eu ajudava o meu pai, um tanto esfomeado e dirigia-me para o fogão, na hora do almoço ou do jantar, destampando as panelas e beliscando o quanto ali se encontrava. Na memória auditiva ainda ouço a voz da minha mão: para de beliscar menino! Depois não almoça, ou não janta. Era assim. Uma tradição que eu mantinha com orgulho e que jamais abandonei e nem por isso perdia a fome e almoçava normalmente o mesmo volume de sempre. Eu sempre usei com equilíbrio a arte de beliscar, nunca permiti que aquela prática interferisse na minha refeição diária. Leia a íntegra.

Jorge Maia: O homem que desaprendeu falar

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Ele nunca foi muito falante, sempre comedido sempre preferindo ouvir a falar, contudo, a sua conversa era variada e agradável. Atualizado em diversos assuntos, comentava uma obra de Shakespeare, uma história em quadrinhos ou qualquer manifestação cultural com muita facilidade. Assobiava um samba igualmente a alguma ária famosa. Um generalista, conhecia de tudo um pouco. Enfim, um proseador agradável. Enquanto jovem participava de forma equilibrada das conversas, em reuniões familiares era ouvido e consultado, pois era uma conversa agradável e bem, era uma pessoa ouvida. Havia um espaço para ouvi-lo. Leia a íntegra.

Jorge Maia: A Beócia está em chamas

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Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer

Querido Jorge Maia, relutei um pouco em escrever-lhe, pensei bastante e conclui em absolve-lo. Afinal a Beócia está tão complicada que não temos o direito de cobrar opiniões. Sei o que você pensa sobre a nossa situação e defende o apocalipse agora como único meio para resolver a situação absurda em que vivemos. Às vezes penso sobre isso, talvez começar de novo seja uma solução. Imagine que em um julgamento no STB os adversários gostaram do resultado do julgamento, pois ninguém foi cassado. Um julgamento, necessariamente precisa desagradar a uma das partes, na Beócia, desagrada ao povo. Leia na íntegra.

Jorge Maia: Uma ideia na cabeça um cine clube à mão

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Eu não me conformei com o fechamento da Canal 3. Já são quase dois anos sem a locadora de DVDs, minhas tardes de sábado passeando por suas prateleiras, relendo cada comentário, inclusive dos filmes que já assistira várias vezes, mas aquele era um dos encantos da locadora, sem contar com o reencontro de velhos amigos que a frequentavam. As tardes de sábado ficaram mais pobres. >>>>>|||>>>|

Jorge Maia: Haja coração, ou aja coração?

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Eu penso que exigimos demais do nosso coração. São tantos os sufocos que nos atropelam que diante da perplexidade exclamamos: Haja coração! É um grito de desespero, pelas mais diversas razões, para que o coração suporte, seja maior, caiba mais angústia e não sofra, resista ao sofrimento. Em outros momentos, coração inerte em seus sentimentos, indiferente ao romper da vida, pedimos aja, coração!  É um pedido, uma súplica de ânimo, a vontade de ver a vida com outros olhos, na verdade com outro coração. Parece que destinamos a ele a função central de ser responsável por tudo, e na maioria da vezes, não cuidamos do seu funcionamento, exigimos que ele, sozinho, resolva tudo. Leia na íntegra.

Jorge Maia: Viver e não ter medo de ter saúde

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A piada é antiga, mas né por isso deixa de ser engraçada, conserva um pouco do seu tônus vital, como ocorre acontecer com as boas criações, eternas em sua duração, até o seu final, como diria algum poeta, ou alguém mais artístico. Todos conhecem a piada do cidadão que passando dos setenta buscava manter-se saudável e insistia em várias visitas ao médico. Em uma daquelas visitas perguntou se ele viveria até os cem anos, pois desejava chegar até aquela idade. >|>|>>|>|

Jorge Maia: Bebida, comida e saúde

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e me lembro do meu pai sempre cuidadoso com a saúde. Depois de certa idade passou a frequentar com mais assiduidade os consultórios médicos em busca de prevenir-se. Depois de tantos exames clínicos anuais passou a frequentar o cardiologista, pois era preciso muita garra para cuidar dos filhos. Buscou o consultório mais famoso da época e estava tão bem que o cardiologista lhe recomendou uma dose de whisky diária. Certo dia, já adolescente, eu comentei a tal receita para alguns amigos os quais foram unânimes em afirmara que queriam um médico assim. Leia na íntegra mais uma crônica de Jorge Maia.

Jorge Maia: Medos beócicos

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Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Querido Jorge Maia, jamais vou parar de cobrar o seu retomo para a Beócia, ou pelo menos que nos escreva, afinal, seria uma alegria revê-lo. Enquanto isso não acontece não desistirei de escrever para você e dar noticias aqui da nossa terra. Quero lembrar que o dia 30 de fevereiro é dia do Padroeiro da Beócia; São Benedito dos inocentes, portanto, feriado em nosso país.  Na semana passada fui visitar Maria Joaquina do Amaral Pereira Góes, pois sei da sua melancolia quando aproxima o carnal e se lembra de Bel. Carnaval sem Chicletes com Banana é algo impensável para ela. Bom, que se há de fazer? É o jeito dela. >>>>>>

Jorge Maia: Apelidos no CEUSC

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Outro dia recebi uma carta da Beócia cujo teor era um comentário sobre os apelidos da Operação Lava Jato. Aquela carta me fez lembrar do CEUSC, em relação a apelidos, sei que aqueles que nasceram depois de 1990 não sabem o que é, ou o que foi o CESUC. Era uma residência estudantil existente em Salvador e que tinha a finalidade de servir de moradia aos estudantes universitários e também aos vestibulandos, na época não tínhamos a UESB. A casa era mantida pelo nosso município, sua existência foi de um valor inestimável para Vitória da Conquista. Perguntem aos seus pais sobre o CEUSC. >|>|>|>|>|>

Jorge Maia: Apelidos na Beócia

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Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Querido Jorge Maia, não mais pergunto se posso chamá-lo de querido, acho tão natural e sei que isso não provoca nenhum tipo de ciúme e a nossa amizade permeia um ambiente de amizade e confidencialidade que todos respeitam, aliás, se alguém tivesse ciúmes da nossa amizade seria Francis, mas ele sabe que a nossa amizade é de muita pureza. >>>>>>

Jorge Maia: Como vai a Beócia?

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Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Querido Jorge Maia, há muito tempo que nós não nos falamos e isso me deixou triste. Sempre o tive como uma pessoa amiga. Por um momento fiquei  ressentida com o seu silêncio, o que inicialmente me pareceu indiferença, mas passei a compreender as suas dificuldades em manter a sanidade diante do caos que o seu país está enfrentando. Não ligue para isso. Essa gente dos partidos políticos não tem jeito. Eles sabem enganar o povo. Brigam diante das câmeras, mas, juntos, consomem whiskey e caviar nos bastidores, nos finais de semana, distante dos olhos da população. >|>|>|>

Jorge Maia: Em defesa de Mãe Joana

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Mãe Joana sempre foi uma figura simpática, uma pessoa pacata, permissiva, mas chamada de mãe em todos os momentos. Todos notamos um certo carinho por Mãe Joana, uma figura afável. É verdade que as reclamações querem atingir o excesso de liberdade em sua casa existente, e não podemos negar que às vezes perdemos a paciência com a desorganização e, por vezes, chegamos a nos acostumar com a loucura daquela desorganização, mas nada que não seja consertável, ou remediável como diriam alguns. >|>|>|>|>|

Jorge Maia: O telegrama

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Eu estava aplicando uma prova e recomendei aos alunos para que dessem uma resposta mais ampla possível. Não aceitaria um simples sim, ou um não como resposta a uma determinada pergunta. Disse que não acolheria como sendo correta uma resposta que não contivesse todos os elementos pertinentes ao conteúdo ali tratado, e que não aceitaria uma resposta telegráfica. >|>|>|>|>

Jorge Maia: Da igualdade da aplicação da pena

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Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Prezado Jorge Maia, continuo com as minhas teses extravagantes e chocando a todos com as minhas ideias, isso apenas para confirmar que não vim para trazer acomodação e zona de conforto para ninguém, meu negocio é provocar, como fiz outro dia em uma palestra em que consegui contrariar a todos. >>>>>

Jorge Maia: Notícia de uma crise

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Béocia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Prezado Jorge Maia, compreendo um pouco a sua indiferença em não responder às nossas cartas e nem dar atenção aos seus amigos da Beócia. O pessoal reclama, mas entendo. Penso no sofrimento do povo brasileiro. Nesses últimos anos todos pensavam que tudo estava bem. Afinal, a economia flutuava suavemente e ninguém esperava que um dia pudesse acontecer fato tão marcante e que desestabilizasse o país dessa forma. >>>>>