Jorge Maia: Retorno à Beócia

Foto: BLOG DO ANDERSON
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Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]

Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Querido Jorge Maia, para todos nós continua o mistério do seu silêncio. Não retorna à Beócia para ver quanto é belo o nosso mar. Quando você ia até Aracatu e falava do fofão, aquele biscoito único no mundo, sempre complementava a sua viagem chegando até a Beócia. Todos nós sentimos a sua falta, dos seus comentários e dos seus gracejos, mas nos aborrecemos por sua ausência inexplicável. >>>>>>

Jorge Maia: Dicionário incompleto

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e ouvia os adultos afirmarem que no Brasil ninguém renuncia a nada, todos querem ficar nos cargos para sempre. Recordo dos comentários sobre a renúncia de Jânio Quadros. Os seus partidários elogiavam a sua honestidade e que era admirável o seu gesto, pois em um país em que pessoa alguma renuncia se quer à condição de inspetor de quarteirão, era algo merecedor de reconhecimento de honestidade. >>>>>>

Jorge Maia: 7x 1 e Thomas Mann

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Sou um brasileiro atípico, uma vez eu não tenho o gosto pelo futebol como acontece com a grande maioria. Não consegui apaixonar-me por nenhum time. Não me encanta a camisa de nenhum deles. Não acompanho nenhum campeonato, e são tantos que nem sei como conseguem entender tantas classificações e desclassificações, além de tantas divisões. >>>>>

Jorge Maia: Se se pudesse

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Em minhas rápidas passagens pelo face book tenho encontrado um mundo de fantasia e exuberante alegria. As mensagens de grandeza e sucesso nos transportam para um mundo diferente do nosso cotidiano. Parece a verdadeira morada da felicidade. É tanto encanto e beleza que temos a impressão da reprodução do Éden  antes do pecado original. >>>>>>

Jorge Maia: No tempo das coleções

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e trago na memória a lembrança da mania positiva que as pessoas tinham em fazer coleções. Era algo interessante que se vai perdendo no tempo e ficam na recordação daqueles sonhadores, amantes das mais diversas organizações de objetos que despertavam a atenção. Conheci muita gente que organizava coleções interessantes. Era coleção de chaveiros, de postais de países do todo o mundo. Coleção de pedras, de revistas de livros, enfim de coisas que jamais pensaríamos que alguém pudesse colecionar. >>>>>>

Jorge Maia: Democracia Baiana

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e não me sai da memória certo episódio ocorrido antes de uma prova de Geografia, na quarta série primária, naquela época. Eu havia estudado todo o conteúdo da prova no livro de Geografia de Olga Pereira Metting. Naquela época ela produziu o livro de Geografia do e Brasil e outro destinado a Geografia da Bahia. Confesso que eu adorava aqueles livros. >>>>>>

Jorge Maia: Eu, Mafalda e a sopa

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Vamos começar por Mafalda que é a mais importante, depois da sopa. Mafalda é a esquerda que não pode morrer. Direta, objetiva e dona de uma honestidade sem igual. Ela é a autentica representante do pensamento da esquerda. Provocadora, com as suas tiradas irreverentes, não pensa duas vezes para emitir os seus juízos, os quais fogem aos padrões de uma sociedade desumana e injusta. Com as suas críticas ácidas ela consegue nos fazer pensar e sorrir. Impossível não gostar dela. >>>>>>

Jorge Maia: Tempo de desmentidos

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Não sei, não vi. Essas declarações são falsas. Não conheço o denunciante. Nego todas essas informações. Vi o delator apenas uma vez em uma solenidade, nem chegamos a nos falar, não sei de onde ele tirou essa ideia sobre minha participação em desvios de recursos. Vou provar que sou inocente. A justiça fará justiça, sou inocente. Confio na Justiça do meu país. Não estou entendendo nada. Não tenho conta na Suíça. Não, a conta não é minha e não tenho como explicar esses cinco milhões de dólares em meu nome. Realmente a assinatura é minha, mas não fui eu quem assinei. >>>>>

Jorge Maia: Palavras esvaziadas

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e ouvi uma narrativa de um amigo que estudava no Ginásio Conquista mais conhecido pelo nome de “Colégio do Padre”. O Colégio foi criado pelo Padre Palmeira, figura sobre a qual há muitas histórias interessantes, e serviu de referencias para muitas gerações. Naquele tempo os homens estudavam pela manhã e as mulheres no vespertino. Naquela época o uso de palavrões era algo profundamente proibido, apenas em recintos fechados, ou em voz baixa é que eram proferidos. Usá-los em público denegria a imagem de quem o fizesse, e certamente não seria uma boa companhia para os filhos cujos pais zelassem pela imagem da família. Os palavrões tinham forças mortais. >>>>>

Jorge Maia: Decidi, sou candidato.

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Há algum tempo anunciei que não seria candidato. O que eu desejava era denunciar a propaganda eleitoral intempestiva. Foi uma brincadeira com aqueles mais apressados que usam o subterfúgio de colocar mensagens em veículos, anunciando o seu nome e o ano. São mensagens quase subliminares. Lógico, quem lê identifica de pronto que se trata de alguém que será candidato a algum cargo eletivo, o que não é permitido por lei. >>>>>

Jorge Maia: Tu ouvirás o que eu digo…

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Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]

Parece que estamos cada vez mais anatomicamente imperfeitos, Temos orelhas, mas não temos ouvidos. Ouvimos cada vez menos, pois nos dedicamos a falar todo o tempo. O mais grave é que todos nós queremos  falar ao mesmo tempo. Ninguém ouve ninguém. Mesmo nos momentos em que não falamos, não ouvimos a outra pessoa. Há também aqueles que falam com várias pessoas ao mesmo tempo: falam com as pessoas presentes, com alguém ao telefone, fala pelo whats app e ainda responde a um e-mail e todos acham que está tudo bem. >>>>>

Jorge Maia: Uma licença para Gerôncio

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Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]

Eu era menino, e não faz muito tempo, e guardo na memória algumas histórias que ouvi do meu pai. Uma dessas histórias ocorreu no seu tempo de menino. Meu pai nasceu em 1923 e faleceu aos noventa e dois anos de idade. Considerando a sua idade escolar suponho que o fato ocorreu ente 1933 e 1935. As crianças, naquela época, entrevam para a escola bem mais tarde, daí a minha justificativa quanto ao ano. Leia na íntegra>>>>

Jorge Maia: Afinal, de quem é o filhote?

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Eu era menino, e não faz muito tempo, e tive a oportunidade de trabalhar com meu pai, portanto tive a oportunidade de ouvir as conversas dos seus amigos, quando era visitado em seu trabalho. Lá estava eu ouvindo e guardando na memória algumas das conversas que eu ouvia. Algumas interessantíssimas, tal qual a esta que passo a contar. Leia na íntegra.

Jorge Maia: Análise do discurso na Beócia

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Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]

Ler, escrever e interpretar são tarefas difíceis, dependem é claro, dos problemas de aprendizagem, mas também de ensinagem, de modo que não é fácil julgar os resultados sem conhecer com maior profundidade as questões que devem ser levantadas sobre o assunto. As operações cognitivas exigem um mínimo de sinapses, o que pode ser considerado pelo grau de interesse do estudante, o que ajuda muito. Leia na íntegra.

Jorge Maia: Crise na indústria bélica

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A indústria bélica e a indústria farmacêutica são os dois lobes mais poderosos do mundo e os que mais matam. Enquanto matam e faturam, a humanidade discute assuntos de menor relevância e prosaicos. Recentemente, o lobe das armas sofreu um revés que está deixando os acionistas sem dormir, pois uma nova arma está sendo usada e fazendo várias vítimas. O custo é barato e não precisa de porte para usá-la, mesmo porque ainda não foi regulamentado o seu uso e os governos não sabem como agir diante da novidade. Houve uma queda na venda armas de fogo. Leia na íntegra.

Jorge Maia: Personagens em rebelião

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Beócia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Querido Jorge Maia, ainda continuamos aguardando a sua manifestação sobre as nossas últimas missivas. Temos sentido certa indiferença quanto à nossa gente, aos nossos problemas e um distanciamento da Beócia, como se fosse algo intencional. Tem sido constrangedor para nós, seus personagens, moradores da Beócia, não merecer uma só linha dirigida a este grupo que lhe deu um pouco de visibilidade e a quem você costumava visitar ou fazer referencias em suas crônicas. Mas o resto tem sido silêncio. Sabe Jorge Maia! Aqueles que vivem na fantasia terminam criando um mundo para si, é o nosso caso. Nos refugiamos no mundo da realidade que não podemos alcançar e passamos a contemplar o criador como a nossa fantasia. Leia na íntegra.

Jorge Maia: O mundo é multi e não duo

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O mundo é multi e não duo. A divisão da vida, da sociedade ou de qualquer outro segmento ou valores em apenas na dualidade é uma redução da vida, uma declaração de pobreza cultural inaceitável para os novos tempos, em que a presença da multiplicidade de verdades sociais se apresenta de forma a acomodar as realizações pessoais ou coletivas, pacificando o direito da autonomia comportamental, ou da liberdade que o nosso tempo exige a consolidação. A dualidade não pode deixar de existir, o maniqueísmo desarmônico, sim. A dualidade persistirá de forma agradável quando limitada a certos aspectos práticos, ou até apaixonantes, dependendo da matéria. Pode transformar o cotidiano em algo mais ameno nas disputas por gostos pessoais, preferências esportivas e diversidades culturais. Leia na íntegra.

Jorge Maia: O ateu caridoso

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Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]

Eu era menino, e não faz muito tempo, mas realmente muito menino, e não sei como pude compreender aquela história, gravá-la na memória e relembrar agora depois de tantos anos. Eu era um intruso no meio daqueles adultos e ouvi a narrativa contada por Zoraide, minha prima. O fato é engraçado, na verdade tragicômico, como verão os meus sete leitores. Aliás, o professor Darci, da UESB, informou-se que é o meio oitavo leitor, vocês se lembram: meus primeiros seis leitores eram os meus três filhos e mais três amigos, os que liam por obrigação, depois o professor Cássio, que se juntou ao grupo, agora Darci, um aumento de mais de vinte e cinco por cento. É um bom ritmo. Leia na íntegra.

Jorge Maia: A benção das fitas

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Era um período de Micareta e eu não estava disposto a permanecer na cidade, naqueles dias turbulentos de tantos sons. Eu morava na Avenida dos Expedicionários, pouco abaixo da Praça do Gil. Ali eu recebia todo o som produzido na praça. Era impossível tirar um breve cochilo. Mas não era apenas o barulho, um rio de urina corria mansamente pela avenida. Um desfile fétido, insuportável. As pessoas se divertiam em orgias e eu ouvia os seus barulhos e respirava os odores bexigais. Era o preço que eu pagava para o grande publico divertir-se. Leia na íntegra.