O vereador alvo de uma operação da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), na manhã desta terça-feira (6), é investigado por ter matado o secretário de Administração de Itaeté, na Chapada Diamantina. O parlamentar é filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Ele foi eleito nas Eleições 2020. Um comparsa dele foi preso em flagrante na operação, por posse ilegal de arma de fogo. Conforme a SSP-BA, ele e dois comparsas são investigados por terem matado Márcio Oliveira Matos, há quatro anos. Na época do crime, a vítima era secretário de Administração do município e uma das lideranças do Movimento Sem Terra (MST).
Márcio foi assassinado na frente do filho, que tinha 6 anos. A vítima foi morta após ter descoberto fraudes contratuais nas finanças de Itaeté, e adotado medidas de contenção de gastos. Na casa do acusado foram apreendidos documentos, armas, munições e um notebook. O material foi levado, junto com os armamentos apreendidos na casa do comparsa. O material será encaminhado para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Marcio foi morto na propriedade rural em que morava, em Iramaia, que fica a cerca de 30 quilômetros de Itaeté. Ele foi assassinado aos 33 anos, na frente do filho. Na época do crime, a polícia havia descartado a hipótese de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Márcio Matos, mais conhecido como Marcinho, era filho do ex-prefeito de Vitória da Conquista e ex-deputado estadual Jadiel Vieira Matos. Aos 21 anos, foi eleito o mais jovem integrante da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O Governo da Bahia, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o do Grupo Especial de Mediação de Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (GEMACAU) lamentaram o crime, na época.