Após repercussão nacional, a Comissão Parlamentar de Saúde da Câmara Municipal de Vitória da Conquista decidiu entrar em ação na polêmica envolvendo o Hospital Municipal Esaú Matos. Os vereadores Cícero Almeida Custódio (PV), Juvêncio Gonçalves Amaral (PV) e Ademir Abreu Magalhães (PT) estiveram reunidos com a diretoria do HMEM e percorreram 60 quilômetros até Itambé, onde reside a gestante que teve um parto na recepção do hospital. Em entrevista ao programa Resenha Geral, nesta quinta-feira (19), Cícero Custódio comentou o imbróglio. De acordo com informações obtidas no Esaú Matos, o médico Ary era o responsável por preencher as brechas quando por algum motivo os obstetras faltavam ao plantão. Como ele tinha pedido exoneração, no domingo a obstetrícia ficou fechada resultando em três partos na sala de espera para atendimento. Segundo Cícero, Alana dos Santos Silva buscou atendimento na Santa Casa de Misericórdia São Sebastião, em Itambé, mas lá não tinha médicos e foi orientada a vir para Vitória da Conquista ou Itapetinga.
“Como é que um hospital onde que atende a comunidade daquela região não tem um médico, não tem um técnico de enfermagem?”, questionou o edil. Ainda de acordo com Custódio, ela saiu de Itambé sem a regulação. “Quando chegou aqui em Conquista ela ficou de meia noite até 3h30 esperando. Ela saiu e foi no Unimec e Santa Casa, não tinha médico. Foi no São Geraldo e cobraram um valor e ela não tinha condições, aí voltou para o Esaú de novo e ficou esperando atendimento. Foi passando, passando, passando e acabou tendo nenê na recepção. Eu acho que faltou mais um trabalho de coordenação de gestão”, complementa. Todo o assunto será tema de uma sessão especial no Legislativo Conquistense, nesta sexta-feira (20). Ouça a entrevista de Cícero ao radialista Herzem Gusmão.