Em Vitória da Conquista um idoso luta na Justiça por um direito: receber um medicamento que custa quase R$ 7 mil por mês, mas o tumor no cérebro não pode esperar muito tempo. A Justiça já determinou a compra do remédio pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, mas até o momento a ordem não foi cumprida. Através das redes sociais amigos e familiares de Melquiades Bernardo da Silva, 68 anos fizeram uma campanha no intuito de chamar a atenção do prefeito Guilherme Menezes de Andrade.
Um dos netos do paciente, Matheus Serôa, detalha a situação: “Meu avô tem Glioblastoma Multiforme, ou GBM, é a forma de tumor maligno mais comum no cérebro. Na maioria dos casos, é letal. Não existe cura para este tipo de tumor, porém terapias alternativas em conjunto com o tratamento padrão (cirurgia + quimioterapia + radioterapia) podem aumentar a sobrevida do paciente. (Ele já foi submetido ao tratamento padrão) O grande problema deste tipo de tumor é o seu rápido crescimento, e mesmo após a cirurgia, um novo aumento é esperado. Mesmo que a operação remova 99,99% do tecido neoplásico, o restante é capaz de se multiplicar e dependendo do caso, volta ao tamanho inicial em até 30 dias.
É praticamente impossível efetuar a remoção completa do tumor pois isso acarretaria diretamente em lesão cerebral. Atualmente, o quimioterápico mais utilizado para este caso é o TEMODAL® (o princípio ativo deste alquilante é a temozolomida), cuja ação básica é “intoxicar” o organismo, incluindo as células tumorais. Seu custo é elevado, porém há meios legais de adquiri-lo gratuitamente. Entramos com uma ação para conseguir o TEMODAL para o tratamento, mas a demora da Prefeitura em disponibilizar o remédio pode ter levado o tumor a crescer e, assim, diminuir a expectativa e a qualidade de vida. A justiça já notificou a Prefeitura, o que queremos é que a entrega do medicamento seja feita o mais rápido possível.” #Compartilhe”.
Em nota enviada ao BLOG DO ANDERSON nesta sexta-feira (27), “a Secretaria de Saúde informa que o quimioterápico não faz parte da Relação Municipal de Medicamentos (Remume). O processo de compra foi iniciado no último dia 10, quando foi entregue a prescrição médica do paciente à Assistência Municipal Farmacêutica – procedimento necessário. Já foi enviada na última terça, 24, ordem de compra para o fornecedor. A empresa, que é de Santa Catarina, tem um prazo mínimo de cinco dias úteis para fazer a entrega. Assim que o medicamento chegar, ele será entregue para a família. A família tem recebido toda a assistência e o advogado as informações necessárias do setor de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde”. Confira abaixo a reportagem que foi ao ar no BATV.